Microcorrente no processo de cicatrização: revisão da literatura

Autores

  • Anderson Martelli
  • Viviane Theodoro
  • Verena Eduarda Zaniboni
  • Bruna Alves de Freitas
  • Gabriela Maiara Pastre
  • Karina Marques de Melo
  • Thiago Antonio Moretti de Andrade
  • Gláucia Maria Tech dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v5i3.1316

Resumo

A cicatrização de feridas é uma resposta biológica à lesão tecidual sendo que diversos métodos terapêuticos estão sendo desenvolvidos e empregados para acelerar tal processo. Entre esses se observa a utilização de estimulação elétrica de baixa intensidade que favorece numerosos eventos no processo cicatricial assim como estimula eventos celulares, a circulação local e também promove alívio de quadros dolorosos. Sua aplicação é subsensorial não causando dor e/ou desconforto. Efeitos colaterais não são observados constituindo uma técnica de baixo custo e não invasiva. O presente estudo descreve a utilização da microcorrente (MC) como método não farmacológico no processo de reparo tecidual. Para isso foi realizada revisão da literatura, sendo consultados artigos científicos localizados nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs, portal de Periódicos CAPES e GoogleAcadêmico, publicados entre os anos de 1997 e 2014. Conclui-se que a MC é uma técnica inovadora e eficiente, podendo ser usada de forma isolada ou associada a outros métodos físicos ou a curativos visando à reparação tecidual, diminuição da inflamação, dor, podendo ser utilizada na melhoria da qualidade de vida.

Descritores: Condutas Terapêuticas; Terapia por Estimulação Elétrica; Cicatrização.

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Biografia do Autor

Thiago Antonio Moretti de Andrade

Doutor; Docente do Programa de Pós graduação em Ciências Biomédicas, Centro Universitário Hermínio Ometto, FHO|Uniararas, Araras-SP.

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Publicado

2016-07-12

Como Citar

Martelli, A., Theodoro, V., Zaniboni, V. E., Freitas, B. A. de, Pastre, G. M., Melo, K. M. de, Andrade, T. A. M. de, & Santos, G. M. T. dos. (2016). Microcorrente no processo de cicatrização: revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 5(3). https://doi.org/10.21270/archi.v5i3.1316

Edição

Seção

Artigos