Vacinas Contra Leishmaniose: Uma Revisão

Autores

  • Kathlenn Liezbeth Oliveira Silva
  • Diego Pacheco Santos
  • Natália Marinho Dourado Coelho
  • Deuvânia Carvalho da Silva
  • Ana Claudia Okamoto
  • Elerson Gaetti Jardim Junior

Resumo

A Leishmaniaé um protozoário pertencente à família Trypanosomatidae, parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear. No Novo e Velho Mundo diversas ordens de mamíferos silvestres (reservatórios naturais) e várias espécies de flebotomíneos (vetores) estão envolvidas na transmissão da leishmaniose. As novas colonizações em áreas rurais, mudanças no meio ambiente e urbanização não-planejada aumentaram o contato do homem com o vetor e a interação com o reservatório animal. Uma medida profilática simples parece ser o controle do vetor e também de reservatórios da doença. Com o objetivo de levantar as medidas profiláticas que estão sendo utilizadas no controle do vetor, no reservatório da doença e qual a infra-estrutura nesse sentido. Foi realizado um levantamento bibliográfico em julho de 2011 nas bases de dados eletrônicos do Bireme, Medline, Cancerlit, Portal Capes, Scielo, Medscape e PubMed, dos principais textos sobre o assunto. Sendo assim, o desenvolvimento de uma vacina que seja eficaz contra diferentes formas de leishmanioses, no Velho e no Novo Mundo, torna-se necessária e tem sido recomendada pela OMS como uma ferramenta possível para uma efetiva erradicação da doença.

Palavras chave: Prevenção e controle, Controle de Doenças Transmissíveis, Leishmania, Vacinação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Vasconcelos DRB. Detecção de Leishmania chagasi em Lutzomyia longipalpis por meio de qPCR em tempo real: triagem de genes e métodos quantitativos. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) – Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária. Fortaleza, 2010.

WHO - World Health Organization. Control of the leishmaniases. Geneva: World Health Organization; (Technical Report Series, 793); 1990.

Fiocruz. As Leishmanioses. Laboratório de Imunomodulação – Departamento de Protozooologia/IOC; 1997. Disponível em: http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/ leishman/leishext/html/vacina__o.htm. acesso em: 20 jul 2011.

Rey, L. Parasitologia: parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam; 2008. p. 330-7.

WHO - World Health Organization. Scientific working group on Leishmaniasis. TDR Research Publication; 2004.

Davies CR, Kaye P, Croft SL, Sundar S. Leishmaniasis: new approaches to disease control. Br Med J. 2003; 326: 377-82.

Bryceson A. Tropical medicine for the 21st century. Tropical medicine should be concerned with medical problems endemic to the tropics. Br Med J. 1996; 312(7025): 247.

Backer R, Chiodini P, Kaye PM. Leishmaniasis. In: James GD, Zumla A, editors. The granulomatous diseases. Cambridge, UK: Cambridge University Press; 1999. 212–34.

Alvar J, Canavate C, Molina R, Moreno J, Nieto J. Canine leishmaniasis. Ad Parasitol. 2004; 57: 1-88.

Chappuis F, Sundar S, Hailu A, Ghalib H, Rijal S, Peeling RW, et al. Visceral leishmaniasis: what are the needs for diagnosis, treatment and control? Nat Rev Microbiol. 2007; 5: 873-82.

Manson-Bahr PEC, Southgate BA, Harvey AEC. Development of kala-azar in man after inoculation with a Leishmania from a Kenyo sandfly. Br Med J. 1963; 1: 1208-10.

Piscopo TV, Mallia AC. Leishmaniasis. Postgrad Med J. 2006; 82: 649-57.

Desjeux P. Leishmaniasis: current situation and new perspectives. Comp Immunol Microbiol Infect Dis. 2004; 27: 305-18.

Cruz I, Neito J, Moreno J, Canavate C, Desjeux P, Alvar J. Leishmania/HIV coinfections in the second decade. Indian J Med Res. 2006; 123: 357-88.

Lindoso JAL, Goto H. Leishmaniose visceral: situação atual e perspectivas futuras. Boletim Epidemiológico Paulista-BEPA. 2006; 3(26). Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa26_lva.html. Acesso em: 20 jul. 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológiica. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2. ed. Brasília : Editora do Ministério da Saúde; 2007.(Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://bvsms.saude.g ov.br/bvs/publicacoes/07_0454_M.pdf. Acesso em: 20 jul. 2011.

Castro AG. Controle, diagnóstico e tratamento da leishmaniose visceral (Calazar) – Normas Técnicas. Brasília: Fundação Nacional de Saúde. 1996: 86p.

Lainson R, Rangel EF. Lutzomyia longipalpis and the eco-epidemiology of American visceral leishmaniases, with particular reference to Brazil: a review. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2005; 100: 811-27.

Lerner EA, Ribeiro JMC, Nelson RJ, Lerner M. Isolation of Maxadilan, a potent vasodilatory peptide from the salivary glands of the sandfly Lutzomyia longipalpis. J Biol Chem. 1991; 266: 11234-6.

Warburg A, Saraiva E, Lanzaro GC, Titus RG, Neva F. Saliva of Lutzomyia longipalpis sibling species differs in its composition and capacity to enhance leishmaniasis. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 1994; 345: 223-30.

Lemesre JL, Holzmuller P, Cavaleyra M, Gonçalves RB, Hottin G, Papierok G. Protection against experimental visceral leishmaniasis infection in dogs immunized with purified excreted secreted antigens of Leishmania infantum promastigotes. Vaccine. 2005; 23: 2825-40.

Dye C. The logic of visceral leishmaniasis control. Am J Trop Med Hyg. 1996; 55: 125-30.

Modabber, F. Leishmaniasis. In: OMS. Tropical diseases research progress 1991-1992. Geneve: World Health Organization; 1993. p. 77-87.

Lima VMF, Ikeda FA, Rossi CN, Feitosa MM, Vasconcelos RO, Nunes CM, et al. Diminished CD4+/CD25+ T cell and increased IFN-γ levels occur in dogs vaccinated with Leishmune® in an endemic area for visceral leishmaniasis. Vet Immunol Immunopathol. 2010; 135: 296-302.

Khalil EA, El Hassan AM, Zijlstra EE, Mukhtar MM, Ghalib HW, Musa B. Autoclaved Leishmania major vaccine for prevention of leishmaniasis: a randomized, double-blind, BCG-controlled trial in Sudan. Lancet. 2000; 356: 1565-9.

Barbieri CL. Immunology of canine leishmaniasis. Parasite Immunol. 2006; 28: 329-37.

Silva VO, Borja-Cabrera GP, Correia Pontes NN, Paraguai de Souza E, Luz KG, Palatnik M, et al. A Phase III trial of efficacy of the FML-vaccine against canine kala-azar in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amarante, RN). Vaccine. 2001; 19: 1082–92.

Borja-Cabrera GP, Correia Pontes NN, Da Silva VO, Paraguai de Souza E, Santos WR, Gomes EM, et al. Long lasting protection against canine kala-azar using the FML-QuilA saponin vaccine in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amarante, RN). Vaccine. 2002; 20: 3277-84.

Borja-Cabrera GP, Santos FN, Bauer FS, Parra LE, Menz I, Morgado AA, et al. Immunogenicity assay of the Leishmune® vaccine against canine visceral leishmaniasis in Brazil. Vaccine. 2008; 26: 4991-7.

Hermont VJ. Manual Técnico da Leish-Tec; 2008. Disponível em: http://www.hertapecalier.com.br/ site/empresa/pecas.php?campanha=105. jul, 2011.

Ravindran R, Anam K, Bairagi BC, Saha B, Guha RPG, Goswami RP, et al. Characterization of immunoglobulin G and its subclass response to indian kala-azar infection before and after chemotherapy. MBio. 2004; 72. Disponível em: http:// www.ncbi.nlm.nih.gov/ pmc/articles/ PMC321573/pdf/0497.pdf. jul, 2011.

Kar S, Metz C, Mcmahon-Pratt D. CD4+T cells play a dominant role in protection against new world induced by vaccination with the p-4 amastigote antigen. Infec Immun. 2005; 73: 3823-7.

Luvizotto, MCR. Alterações patológicas em animais naturalmente infectados. Anais do 1o. Fórum sobre Leishmaniose Visceral Canina; Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinária; Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal (SP): FCCV; 2006.

Estrada RA. Leishmaniose Visceral – Uma zoonose re-emergente. Disponível em: http:// www.qualittas.com.br/ artigos/artigo.php?artigo_id=399. jul, 2011.

Pessôa SB, Pestana, BR. A intradermorreação de Montenegro nas campanhas sanitárias contra a leishmaniose. Arqui Hig. 1941; 6: 124-37.

Pessôa SB. Segunda nota sobre a vacinação preventiva na Leishmaniose Tegumentar Americana com leptomonas mortas. Rev Paul Med. 1941; 19: 1-9.

Mayrink W, Magalhães PA, Dias M, da Costa CA, Melo MN, Lima AO. Responses to Montenegro antigen after immunization with killed Leishmania promastigotes. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1978; 72: 676.

Antunes CMF, Mayrink W, Magalhães PA, Costa CA, Melo MN, Dias M, et al. Controlled field trials of a vaccine against new world cutaneous leishmaniasis. Int J Epidemiol. 1986; 15: 572-80.

Liew FY, Millott S Li Y, Lelchuk R, Chan WL, Ziltener H. Macrophage activation by interferon-gamma from host-protective T cells is inhibited by interleukin (IL) 3 and IL 4 produced by disease-promoting T cells in leishmaniasis. Eur J Immunol. 1989; 19: 1227-32.

Barros GC. Foco de leishmaniose tegumentar americana nos municípios de Viana e Cariacica, Estado do Espírito Santo, Brasil. Rev Saúde Pública. 1985; 19: 146-53.

Mayrink W, Williams P, da Costa CA, Magalhães PA, Melo MN, Dias M, et al. An experimental vaccine against American dermal leishmaniasis: experience in the State of Espírito Santo, Brazil. Ann Trop Med Parasitol. 1985; 79: 259-69.

Bretscher PA, Wei G, Menon JN, Bielefeldt-Ohmann H. Establishment of stable, cell-mediated immunity that makes "susceptible" mice resistant to Leishmania major. Science. 1992; 257: 539-42.

Gonçalves da Costa SC, Lagrange PH. Development of cell mediated immunity to flagellar antigens and acquired resistance to infection by Trypanosoma cruzi in mice. Mem Inst Oswaldo Cruz. 1981; 76: 367-81.

Bahar K, Shidani B, Dowlati Y, Deihimi I. Overview of human vaccine studies using killed L. major. 13th International Congress for Tropical Medicine and Malaria Faculty of Tropical Medicine; 1993. Bangkok: Mahidol University; 1993. Abstract 1. p. 183.

José FF, Silva IM, Araújo ML, Almeida RP, Bacellar O, Carvalho EM. Evaluation of the ability of Montenegro skin

test to induce specific immune response. Rev Soc Bras Med Trop. 2001; 34: 537-42.

Hermeto MV, Daniel V-D, Genaro O, Costa CA, Toledo VPCP, Michalick MSM, et al. Delayed hypersensitivity skin-test using Leishvacin® for epidemiological survey of canine cutaneous leishmaniasis in a rural area of Minas Gerais state, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 1993; 88: 635-6.

Kenney RT, Sacks DL, Sypek JP, Vilela, L, Gam AA, Evans-Davis K. Protective immunity using recombinant human IL-12 and alum as adjuvants in a primate model of cutaneous leishmaniasis. J Immunol. 1999; 163 :4481-8.

Handman E. Leishmania vaccines: old and new. Parasitol Today. 1997; 13: 236-8.

Pinheiro RO. Efeito supressor do antígeno de Leishmania amazonensis: a apoptose como mecanismo de supressão. 91f. Monografia de Mestrado – Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho – UFRJ, Rio de Janeiro, 2000.

Downloads

Publicado

2013-08-25

Como Citar

Oliveira Silva, K. L., Santos, D. P., Dourado Coelho, N. M., da Silva, D. C., Okamoto, A. C., & Jardim Junior, E. G. (2013). Vacinas Contra Leishmaniose: Uma Revisão. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/194

Edição

Seção

Artigos