Desinfecção e acondicionamento de escovas dentais: conhecimento e atitudes de acadêmicos de enfermagem

Autores

  • Jamine Orrico Costa
  • Fábio Silva Carvalho
  • Cristiane Alves Paz de Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v6i9.2222

Resumo

Sabe-se que as escovas dentais são instrumentos muito importantes para remoção do biofilme bacteriano e que microrganismos patogênicos pode contaminá-las. Esse estudo objetivou verificar o conhecimento e as atitudes de estudantes de enfermagem relativo à descontaminação e acondicionamento das escovas dentais. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo, realizado com estudantes de enfermagem de uma universidade baiana. A coleta de dados foi feita por meio de um questionário e após, realizou-se análise estatística descritiva. Participaram deste estudo 129 estudantes, matriculados do primeiro ao nono semestre do curso. Constatou-se que 55,0% possuíam conhecimento sobre desinfecção da escova dental. Quanto à relevância da desinfecção das escovas, aproximadamente 91,0% afirmaram ser importante, entretanto, 90,7% disseram não utilizar nenhum antisséptico para realizar a desinfecção da escova. Com relação à periodicidade de troca das escovas, 50,4% disseram trocar em um período de dois a três meses. Sobre o procedimento que realizam com a escova após o uso, 49,6% responderam que apenas lavam a escova com água corrente e 37,0% dos estudantes confirmaram guardar suas escovas dentro do armário do banheiro. Concluiu-se que a maioria dos acadêmicos tem conhecimento e considera importante a desinfecção das escovas dentais. Por outro lado, não utilizam nenhuma substância para promover a desinfecção, não possuem o hábito de secar as cerdas e, portanto, não realizam os procedimentos necessários para que suas escovas dentais fiquem livres de contaminação.

Descritores: Escovação Dentária; Contaminação; Desinfecção.

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Publicado

2017-10-03

Como Citar

Costa, J. O., Carvalho, F. S., & Carvalho, C. A. P. de. (2017). Desinfecção e acondicionamento de escovas dentais: conhecimento e atitudes de acadêmicos de enfermagem. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6(9). https://doi.org/10.21270/archi.v6i9.2222

Edição

Seção

Artigos