Análise retrospectiva de dados clínicos e demográficos de pacientes com cefaleia atendidos em ambulatório terciário de neuropediatria

Autores

  • L Wajman
  • FP Fugihara
  • GCJ Carvalho
  • JG Oliveira
  • RAT Murayama
  • PSG Plaggert

Resumo

INTRODUÇÃO: A queixa de cefaleia na população pediátrica é uma das dores mais comuns2. A prevalência de cefaleia aumenta com a idade, e pode ter consequências importantes prejudicando a qualidade de vida dos pacientes1. Outras características, como a qualidade  e intensidade de dor, são difíceis de avaliar em pediatria. No entanto, conhecer as características das cefaleias nessa população permite correto diagnóstico e instituição rápida do tratamento, que não deve ser postergado. OBJETIVO: Caracterizar através de dados demográficos e clínicos uma amostra de pacientes pediátricos com queixa de cefaleia. MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado trabalho retrospectivo através da análise de prontuários de pacientes consecutivos que se apresentaram ao Ambulatório de Neuropediatria do Hospital Darcy Vargas, São Paulo – SP, no período de 2005 a 2012 num total de 109 pacientes. Foram considerados elegíveis para o estudo, aqueles com queixa principal de cefaleia. Todos pacientes foram atendidos pelo mesmo médico neuropediatra que usou para diagnóstico os critérios estabelecidos pela Sociedade Internacional de Cefaléia. Foram tabulados os dados demográficos e clínicos para posterior caracterização dessa amostra de pacientes. RESULTADOS: Foram encontrados 109 casos de cefaleia distribuídos entre 63 pacientes do sexo feminino e 46 do sexo masculino, com média de idade de 10 anos. A frequência das crises foi de aproximadamente 9 dias no mês. O local com maior relato de dor foi região frontal bilateral. Quanto ao diagnóstico foram encontrados 52 casos de migrânea sem aura, 25 com aura e 13 com cefaleia indeterminada. Dor pulsátil foi relatada em 62 casos. Intensidade forte em 52 casos, moderada em 40, e leve em 8 casos. CONCLUSÃO: A prevalência de cefaleia é mais frequente na faixa entre 7 a 13 anos, com frequência média de 9 crises por mês e história familiar de primeiro grau positiva em 31 por cento dos pacientes. A maioria das cefaleias são de forte intensidade, pulsátil, não tem aura e predominam na região frontal bilateral.

DESCRITORES: Cefaleia; Pediatria; Prevalência.

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Referências

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS CEFALEIAS. 2 ed. Sociedade Internacional de cefaleia, 2006.

Duarte RCB, Cavalcante EGN, Alvares VRC. Perfil clínico e epidemiológico de crianças com cefaleia atendidas no setor de Neuropediatria de dois hospitais de Belém - PA. Migrâneas cefaleias, 2008, vol. 11, p. 4-8.

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Publicado

2013-11-10

Como Citar

Wajman, L., Fugihara, F., Carvalho, G., Oliveira, J., Murayama, R., & Plaggert, P. (2013). Análise retrospectiva de dados clínicos e demográficos de pacientes com cefaleia atendidos em ambulatório terciário de neuropediatria. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.3). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/281