Caracterização dos recém-nascidos pré-termo nascidos no estado do Piauí entre 2011 a 2015

Autores

  • Ruan Luiz Rodrigues de Jesus
  • Gleyson Moura dos Santos
  • Maryanna Tallyta Silva Barreto
  • Mísia Joyner de Sousa Dias Monteiro
  • Renata Vieira de Sousa Silva
  • Higo José Neri da Silva

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v8i4.3193

Resumo

O parto pré-termo, é aquele que ocorre antes da 37ª semana de gestação, e é o problema perinatal atual mais importante, pois está associado à morbidade e mortalidade significativas no início da vida. O objetivo do estudo foi caracterizar o nascimento de pré-termos entre mulheres residentes no Estado do Piauí, no período entre 2011 a 2015. Trata-se de estudo descritivo utilizando os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) coletados do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população foi constituída por 23.754 nascidos vivos, sendo 26.182 pré-termos. Houve aumento percentual do número de recém-nascidos pré-termos entre os anos estudados. Observou-se que idade materna variou entre 20 e 34 anos, a maioria das mães eram casadas, com escolaridade de 8 a 11 anos, de gravidez única, com 7 consultas pré-natal ou mais, recém-nascido de raça/cor parda relacionaram-se com o nascimento pré-termo. Partos vaginais, recém-nascidos do sexo masculino, também se relacionaram à prematuridade, assim como, a influência da situação socioeconômica. Os recém-nascidos pré-termos caracterizaram-se principalmente por serem de 32 a 36 semanas, sexo masculino, pardos e peso normal ao nascer. Assim, os dados obtidos permitem concluir que o conhecimento e a avaliação do perfil das mães e o número e a situação do nascimento dessas crianças é importante no planejamento de estratégias de saúde eficazes na atenção materno-infantil, objetivando aprimorar políticas públicas para a sobrevivência do recém-nascido e a consequente redução da ocorrência da prematuridade.

Descritores: Recém-Nascido Prematuro; Declaração de Nascimento; Sistemas de Saúde.

Referências

  1. Montenegro RF. Obstetrícia fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
  2. Saigal S, Doyle LW. An overview of mortality and sequelae of preterm birth from infancy to adulthood. Lancet. 2008;371(9608):261-69.
  3. Goldenberg RL, Culhane JF, Iams JD, Romero R. Epidemiology and causes of preterm birth. Lancet. 2008;371(9606):75-84.
  4. Bettiol H, Rona RJ, Chinn S, Goldani M, Barbieri MA. Factors associated with preterm births in southeast Brazil: a comparison of two birth cohorts born 15 years apart. Paediatr Perinat Epidemiol. 2000;14(1):30-8.
  5. Barros FC, Victora CG, Barros AJ, Santos IS, Albernaz E, Matijasevich A, et al. The challenge of reducing neonatal mortality in middle-income  countries: findings from three Brazilian birth cohorts in 1982, 1993, and 2004. Lancet. 2005;365(9462):847-54.
  6. De Farias Aragão VM, Barbieri MA, Moura Da Silva AA, Bettiol H, Ribeiro VS. Risk factors for intrauterine growth restriction: a comparison  between two Brazilian cities. Pediatr Res. 2005;57(5 Pt 1):674-79.
  7. Blencowe H, Cousens S, Chou D, Oestergaard M, Say L, Moller AB et al. Born Too Soon: The global epidemiology of 15 million preterm births. Reprod Health. 2013;10(Suppl 1):S2.  
  8. Martins MG, Santos GHN, Sousa MS, Costa JEFB, Simões VMF. Associação da gravidez na adolescência e prematuridade. Rev Bras Ginecol Obstet. 2011;33(11):354-60.
  9. Almeida MVL. Prematuridade. In: Chaves Netto H, Moreira de Sá RA. Obstetrícia básica. São Paulo: Atheneu; 2007.
  10. Kilsztajn S, Rossbach A, Carmo MSN, Sugahara GTL. Assistência pré-natal, baixo peso e prematuridade no Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública. 2003;37(3):303-10.
  11. Cascaes AM, Gauche H, Baramarchi FM, Borges CM, Peres KG. Prematuridade e fatores associados no Estado de Santa Catarina, Brasil, no ano de 2005: análise dos dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos. Cad Saúde Pública. 2008;24(5):1024-32.
  12. Silva LA, Silva RGA, Rojas PFB, Laus FF, Sakae TM. Fatores de risco associados ao parto pré-termo em hospital de referência de Santa Catarina. Rev AMRIGS. 2009;53(4):354-60.
  13. Costa CE, Gotlieb SLD. Estudo epidemiológico do peso ao nascer a partir da Declaração de Nascido Vivo. Rev Saude Publica. 1998;       32(4):328-34.
  14. Uchimura TT, Pelissari DM, Soares DFPP, Uchimura NS, Santana RG, Moraes CMS. Fatores de risco para o baixo peso ao nascer segundo as variáveis da mãe e do recém-nascido, em Maringá-PR, no período de 1996 a 2002. Cienc Cuid Saude. 2007;6(1):51-8.
  15. Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Manual de instruções para o preenchimento da declaração de nascidos vivos. Brasília-DF; 2001.
  16. Silveira MF, Santos IS, Barros AJD, Matijasevich A, Barros FC, Victora CG. Aumento da prematuridade no Brasil: revisão de estudos de base populacional. Rev Saúde Pública. 2008;42(5):957-64.
  17. Silveira MF, Santos IS, Matijasevich A, Malta DC, Duarte EC. Nascimentos pré-termo no Brasil entre 1994 e 2005 conforme o Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SINASC). Cad Saúde Pública 2009;25(6):1267-75.
  18. Wen SW, Smith G, Yang Q, Walker M. Epidemiology of preterm birth and neonatal outcome. Semin Fetal Neonatal Med. 2004;9(6):429-35.
  19. Rodrigues LS, Batista RFL, Sousa ACV, Cantanhede JV, Costa LC. Caracterização dos recém-nascidos pré-termos nascidos em São Luís – MA no período de 2006 a 2010: análise do SINASC. Cad Pesq. 2012; 19(3):95-104.
  20. Giglio MRP, Lamounier JA, Morais Neto OL. Via de parto e mortalidade neonatal em Goiânia em 2000. Rev Saúde Pública. 2005; 39(3):350-57.
  21. Barros AJD, Santos IS, Victora CG, Albernaz EP, Domingues MR, Timm IK et al. Coorte de nascimentos de Pelotas, 2004: metodologia e descrição. Rev Saúde Pública. 2006;40(3):402-13.
  22. Silva RP, Caires BR, Nogueira DA, Moreira DS, Gradim CVC, Leite EPRC. Prematuridade: características maternas e neonatais segundo dados do sistema de informações sobre nascidos vivos. Rev enferm UFPE online. 2013;7(5):1349-55.
  23. Almeida MF, Guinsburg R, Martinez FE, Procianoy RS, Leone CR, Marba ST et al. Perinatal factors associated with early deaths of preterm infants born in Brazilian Networkon Neonatal Research centers. J Pediatr. 2008;84(4):300-7.
  24. Ramos HAC, Cuman RKN. Prematuridade e fatores de risco: pesquisa documental. Anna Nery. 2009;13(2):297-304.
  25. Aragão VMF, Silva AAM, Aragão LF, Barbieri MA, Bettiol H, Coimbra LC et al. Fatores de risco para prematuridade em São Luís, Maranhão, Brasil. Cad Saúde Pública 2004;20(1):57-63.
  26. Sampaio RMM, Pinto FJM, Sampaio JC. Fatores de risco associados à prematuridade em nascidos vivos no estado do Ceará. Rev baiana saúde pública. 2012;36(4):969-78.
  27. Dadorian D. Gravidez na adolescência: um novo olhar. Psicol cienc prof. 2003;23(1):84-91.
  28. Ferraz RT, Neves ET. Fatores de risco para baixo peso ao nascer em maternidades públicas. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(1):86-92.
  29. Almeida AC, Jesus ACP, Lima PFT, Araújo MFM, Araújo TM. Fatores de risco maternos para prematuridade em uma maternidade pública de Imperatriz- MA. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(2):86-94.
  30. Silva AAM, Ribeiro VS, Borba Júnior AF, Coimbra LC, Silva RA. Avaliação da qualidade dos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos em 1997-1998. Rev Saúde Pública. 2001; 35(6):508-14.
  31. Salge AKM, Vieira AVC, Aguiar AKA, Lobo SF, Xavier RM et al. Fatores maternos e neonatais associados à prematuridade. Rev Eletr Enf.  2009;11(3):642-46.
  32. Caixeta FF, Corrêa MSNP. Os defeitos do esmalte e a erupção dentária em crianças prematuras. Rev Assoc Med Bras. 2005;51(4):195-99.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-07-08

Como Citar

Jesus, R. L. R. de, Santos, G. M. dos, Barreto, M. T. S., Monteiro, M. J. de S. D., Silva, R. V. de S., & Silva, H. J. N. da. (2019). Caracterização dos recém-nascidos pré-termo nascidos no estado do Piauí entre 2011 a 2015. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(4). https://doi.org/10.21270/archi.v8i4.3193

Edição

Seção

Artigos Originais