Depressão pós-parto: a visão da enfermagem

Autores

  • Leylane Aparecida de Paula Gomes, Adailson da Silva Moreira

Resumo

Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno codificado recentemente; porém, é possível encontrar ocorrência em períodos recuados da história, como, por exemplo, no pensamento de Hipócrates, que afirmava ser ocasionado pelo acúmulo de sangue nos seios, nascimento de gêmeos ou ilegitimidade. Diversas outras teorias surgiram ao longo da história para explicar esse fenômeno. Em 2010 o IBGE divulgou dados apresentando a cifra de 10,9% da população feminina como portadora de distúrbios afetivos, principalmente a depressão, que se caracteriza pelo rebaixamento do humor, redução das atividades e diminuição de energia, podendo variar de leve a grave. Quando o transtorno acontece se destaca pela tristeza excessiva e o medo de não ser capaz de cuidar adequadamente do bebê ou amá-lo, podendo ocorrer a repulsa e, em alguns casos. Objetivos: Compreender o que é depressão pós-parto, e como os profissionais de enfermagem lidam, na prática diária, com esse fenômeno. Metodologia: O método utilizado foi o de revisão bibliográfica, por meio de livros, artigos e teses pesquisados em bases científicas (SCIELO e Google Acadêmico) a partir dos descritores depressão pós-parto e enfermagem. Resultados: Os transtornos identificados à depressão pós-parto são os seguintes: tristeza pós-parto, psicose puerperal e depressão pós-parto, propriamente dita. A tristeza pós-parto é um transtorno leve, atingindo 80% das mulheres, caracterizada por choro frequente, angústia e sentimento de perda do bebê. A psicose puerperal é um transtorno maníaco grave, atingindo 0,1 a 0,2% das mulheres, caracterizada por alucinações e delírios, ideias suicidas, sendo perigoso tanto para a mãe, quanto para o filho. A depressão pós-parto é um transtorno moderado, atingindo de 10 a 15% das puérperas, caracterizado pela perda de apetite, rejeição ao bebê, perda da libido e ideias suicidas. Conclusão: Concluímos que o puerpério pode apresentar profundas mudanças nos aspectos sociais, psicológicos, relacionais e físicos, dentre outros, para a mãe e seu bebê. A enfermagem tem um papel fundamental na prevenção e detecção desse fenômeno, podendo inclusive auxiliar na identificação dos sintomas, estimulando a compreensão da mulher e do companheiro, bem como nas emoções e sentimentos provenientes desse período, somando esforços na detecção e prevenção para um tratamento adequado que irão introduzir no exercício materno saldável e no desenvolvimento futuro da relação mãe-bebê.

Descritores: Depressão Pós-Parto; Puerpério; Enfermagem.

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Publicado

2019-01-09

Como Citar

Adailson da Silva Moreira, L. A. de P. G. (2019). Depressão pós-parto: a visão da enfermagem. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4093