Avaliação da qualidade de vida, sintomas osteomusculares e fadiga em policias militares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v9i1.4967

Resumo

Introdução: O Policial Militar, que faz parte do quadro da Rádio Patrulha, é o profissional da área da segurança pública que tem em sua atividade o risco iminente a sua integridade física e psíquica. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida, sintomas osteomusculares e fadiga em Policias Militares (PMS) da 1° Companhia de Rádio Patrulha lotados no 4° Batalhão de Policia Militar de Guarabira/PB. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo descritiva, transversal, de natureza quali-quantitiva com amostra de 33 Policiais de ambos os sexos. Foram analisados através de um questionário de perfil sociodemográfico, do questionário qualidade de vida SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short – Form Health Survey), da Escala de Fadiga de Chalder e o questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. As análises foram realizadas através de estatística descritiva e não paramétrica. Resultados e Discussões: Apresentaram índices satisfatórios entre os domínios de Qualidade de Vida, entretanto foram os domínios “Vitalidade” (58,79) e “Dor” (65,67) que tiveram as menores pontuações. Pelo cálculo bimodal do questionário de fadiga de Chalder, identificou-se a presença de fadiga em 36,36% dos PMS. A região lombar foi área do corpo mais acometida por sintomas osteomusculares, enquanto o cotovelo foi a menor. Conclusões: Possibilitou estabelecer uma correlação entre os questionários da fadiga de Chalder e qualidade de vida SF36, onde se constatou que o domínio vitalidade foi o que mais apresentou uma forte correlação invertida e significativa entre as fadigas. Diante desse estudo, recomenda-se que equipe multidisciplinar em saúde acompanhem esses profissionais.

Descritores: Polícia; Qualidade de Vida; Fadiga; Transtornos Traumáticos Cumulativos; Ergonomia.

Referências

  1. Polícia Militar da Paraíba. Organização Estrutural e Funcional da Polícia Militar do Estado da Paraíba e determina outras providências. 2008. http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/legislacao/Leis_Complementares/2008_DISPOE_SOBRE_A_ORGANIZACAO_ESTRUTURAL_E_FUNCIONAL_DA_POLICIA_MILITAR_DO_ESTADO_DA_PARAIBA_E_DA_OUTRAS_PROVIDENCIAS_.pdf
  2. Polícia Militar da Paraíba. Portaria nº 016/ 2016/SEDS Secretaria de Estado e da Segurança e da Defesa Social. Diário Oficial, João Pessoa, Paraíba. 2016; 04(10)10 Secão I, p. 6.
  3. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades: IBGE. [:<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php]
  4. Minayo MCS, Assis SG, Oliveira RVC. Impacto das atividades profissionais na saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciênc saúde coletiva. 2011;16(4):2199-209
  5. Minayo MCS, Souza ER, Constantino P. Riscos percebidos e vitimização de policiais civis e militares na (in)segurança pública. Cad Saúde Publica 2007;23(11):2767-79.
  6. Santos MMA, Souza EL, Barroso BIL. Análise sobre a percepção de policiais militares sobre o conforto do colete balístico. Fisioter Pesqui. 2017;24(2):157-62.
  7. Iida I. Ergonomia: Projeto e Produção. 2.ed. São Paulo: Blucher; 2005.
  8. Dul J, Weerdmeester B. Ergonomia prática. Iida I (trad). 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Blucher; 2004.
  9. Moretto AF, Chesani FH, Grillo LP. Sintomas osteomusculares e qualidade de vida em costureiras do município de Indaial, Santa Catarina. Fisioter Pesqui. 2017;24(2):163-68.
  10. Silva DA, Lima VS, Góes ALB. Proporção de doenças musculoesqueléticas em membros inferiores nos integrantes da Polícia Militar do estado da Bahia. Rev Pesq Fisioterap. 2012;2(1):33-41.
  11. Silva TPD, Araújo WN, Stival MM, Toledo AM, Burke TN, Carregaro RL. Musculoskeletal discomfort, work ability and fatigue in nursing professionals working in a hospital environment.Rev esc enferm USP. 2018;52:e03332.
  12. Veronesi Jr JR. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli; 2008.
  13. Silva EP, Minette LJ, Sanches ALP, Souza AP, Silva FL, Mafra SCT.  Prevalência de sintomas osteomusculares em operadores de máquina de colheita florestal. Rev Árvore, 2014;38(4):739-45.
  14. Kroemer KHE, Grandjean E. Manual de Ergonomia. Adaptando o trabalho ao homem. 5.ed. Guimarães LBM (trad). Porto Alegre: Bookman; 2005.
  15. Másculo FS, Vital MC. Ergonomia: trabalho adequeado e eficiente. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011.
  16. Ferreira DKS, Bonfim C, Silva ALG,  LGS. Fatores associados ao estilo de vida de policiais militares. Ciênc saúde coletiva. 2011;16(8):3403-12.
  17. Ferreira DKS, Bonfim C, Augusto LGS. Fatores associados ao estilo de vida de policiais militares. Ciênc. saúde coletiva. 2011;16(8):3403-12.
  18. Cascaes da Silva F, Soleman H, Salma S, Gonçalves E, da Silva Castro TL, Valdicia A et al. Qualidade de vida de policiais: uma revisão sistemática de estudos observacionais. Rev cuba med mil. 2014;43(3):341-51.
  19. Santos GEO. Cálculo amostral: calculadora on-line. [http://www.calculoamostral.vai.la]. Acesso em 22 de outubro de 2018.
  20. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF- 36). Rev. bras reumatol. 1999;39(3):143-50.
  21. Brito DMS, Araújo TL, Galvão MTG, Moreira TMM, Lopes MVO. Qualidade de vida e percepção da doença entre portadores de hipertensão arterial. Cad. Saúde Pública. 2008;24(4):933-40.
  22. Cho HJ, Costa E, Menezes PR, Chalder T, Bhugra D. Wessely S. Cross-cultural validation of the Chalder Fatigue Questionnaire in Brazilian primary care. J Psychosom Res. 2007;62(3):301-4.
  23. The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995;41(10):1403-1409.
  24. Pinheiro FA; Tróccoli BT; Crvalho CV. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Rev Saúde Pública. 2002;36(3):307-12.
  25. Vidotti HGM, Coelho VHM, Bertoncello D, Walsh IAP. Qualidade de vida e capacidade para o trabalho de bombeiros. Fisioter Pesqui. 2015;22(3):231-38.
  26. Kogien M; Cedaro, JJ. Avaliação da qualidade de vida de profissionais de saúde de um pronto-socorro público. Rev Bras Qual Vida. 2014;6(2):85-94.
  27. Gonzales RMB, Beck, CLC, Donaduzzi JC, Stekel LMC. O estado de alerta: um estudo exploratório com o corpo de bombeiros. Esc Anna Nery. 2006;10(3):370-77.
  28. Tavares Neto A, Faleiro TB, Moreira FD, Jambeiro JS, Schulz RS. Lombalgia na ativi­dade policial militar: análise da prevalência, repercussões laborativas e custo indireto. Rev baiana saúde pública. 2013;37(2):365-74.
  29. Magnago TSBS, Lisboa MTL, Griep RH, Kirchhof ALC, Guidol LA. Psychosocial aspects of work and musculoskeletal disorders in nursing workers. Revista Latino-Am Enfermagem. 2010;18(3):429-35.
  30. Pilger C, Menon MH, Mathias TAF. Socio-demographic and health characteristics of elderly individuals: support for health services. Revista Latino-Am Enfermagem. 2011;19(5):1230-38.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-07-21

Como Citar

Monteiro, J. dos S., Souza, A. A. de, Sales, W. B., & Tomaz, R. R. (2020). Avaliação da qualidade de vida, sintomas osteomusculares e fadiga em policias militares. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 9(1). https://doi.org/10.21270/archi.v9i1.4967

Edição

Seção

Artigos & Ensaios