Próteses totais como reservatórios de patógenos de importância médica

Autores

  • Fernanda Costa Yogui
  • Francisco Isaak Nicolas Ciesielski
  • Renato Salviato Fajardo
  • Alvimar Lima de Castro
  • Christiane Marie Schweitzer
  • Elerson Gaetti-Jardim Jr

Resumo

Pacientes usuários de próteses totais apresentam maior risco de desenvolvimento de infecções respiratórias graves e infecções gástricas, sendo que poucos são os estudos sobre a possibilidade do dispositivo protético se converter em reservatório de patógenos de importância médica. O presente estudo avaliou a distribuição de microrganismos entéricos, pseudomonados, leveduras e Helicobacter pylori em pacientes usuários de dentaduras há, pelo menos, 5 anos. Para tanto, 100 pacientes de ambos os gêneros foram submetidos a exames clínicos intra e extrabucais e espécimes clínicos das próteses totais foram coletados com auxílio de zaragatoas e a presença dos microrganismos alvo foi realizada por meio da reação em cadeia da polimerase, utilizando-se de iniciadores e condições específicas para cada microrganismo. Os resultados foram submetidos ao teste de Qui-quadrado e Mann-whitney. Os membros das famílias Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae foram detectados de 27% e 19%, respectivamente, enquanto os gêneros Candida e Enterococcus puderam ser observados em 22% e 52% das próteses. H. pylori mostrou relação com as condições de higiene dos pacientes e foi detectado de 27% das amostras de próteses totais. Observou-se que o biofilme que se desenvolve na superfície de dentaduras é habitat para microrganismos associados às pneumonias e infecções gástricas, sendo que as condições de higiene e a idade do dispositivo protético apresentaram correlação estatisticamente significativa com a presença desses microrganismos.

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Publicado

2012-10-31

Como Citar

Yogui, F. C., Ciesielski, F. I. N., Fajardo, R. S., Castro, A. L. de, Schweitzer, C. M., & Gaetti-Jardim Jr, E. (2012). Próteses totais como reservatórios de patógenos de importância médica. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 1(1-Suppl.1). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/59