Perfil dos trabalhadores acometidos por acidentes ocupacionais com traumas na região de cabeça do Estado do Mato Grosso do Sul

Autores

  • Ana Paula Munhoz Fagundes Almeida
  • Aline Tiemi Watanabe Demétrio
  • Najara Barbosa da Rocha
  • Mitsue Fujimaki
  • André Gasparetto
  • Luiz Fernando Lolli

Resumo

Introdução: As lesões faciais são significativamente prevalentes em situações de acidentes ocupacionais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar o perfil dos trabalhadores do Estado de Mato Grosso do Sul, que sofreram acidentes ocupacionais com comprometimento da região de cabeça no ano de 2013. Material e método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e analítico. Os dados foram coletados na base de dados do Instituto Nacional de Seguridade Social e os acidentes envolvendo região de cabeça foram selecionados. As variáveis analisadas foram: gênero, estado civil, remuneração, ocupação, tipo do acidente, local do acidente, agente causador, natureza da lesão e indicação de afastamento. Resultados: A amostra foi de 67 acidentados (n=67), sendo a maioria do gênero masculino (n=52), sem companheiro(a) (n=35), com remuneração de até dois salários mínimos (n=52). Prevaleceram os acidentes típicos (n=59) e ocorreram na empregadora (n=45), apresentando resultado equilibrado quanto à necessidade de afastamento da ocupação (n=34) ou não (n=33). A cabeça foi a parte do corpo mais atingida (n=23), apresentando o objeto como agente causador do acidente mais frequente (n=32). contusão (n=25) e lesão mista (n=25) foram as lesões mais prevalentes. Houve associação entre gênero masculino e acidentes típicos (p=0,04) e entre gênero masculino e lesão mista (p=0,01). Conclusão: O perfil de maior prevalência incluiu gênero masculino, sem companheiro, com remuneração de até dois salários mínimos, que sofreram acidentes típicos.

Descritores: Odontologia; Notificação de Acidentes de Trabalho; Trabalhadores; Ferimentos e Lesões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Previdência social. Cadastro da Comunicação de Acidente do Trabalho-CAT. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://agencia.previdencia.gov.br/e-aps/servico/327>. Acesso em 26 set. 2015.

Michel O. Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais. 2. ed. São Paulo: Ltr, 2001. p. 29.

Kieser J, Stephenson S, Liston PN, Tong DC, Langley JD. Serious facial fractures in New Zealand from 1979 to 1998. Int J Oral Maxillofac Surg. 2002,31(2):206-9.

Costa SS. Odontologia do trabalho: nova área de atuação. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2005;59:432-6.

França GV. Medicina Legal. 6. ed. [S.I.]: Editora Guanabara Koogan, 2001.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Censo demográfico 2010. Brasília-DF, 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=ms>. Acesso em: 28 set. 2015.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2012. Brasília-DF, 2014. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=9>. Acesso em: 26 set. 2015.

Dean AG et al. Epi Info, Version 7: a word procesing, database, and statistics program for epidemiology on microcomputers. Atlanta: Centers of Disease Control and Prevention, 2008.

Ayres M, Júnior MA, Ayres DL, Santos AAS. BioEstat 5.0. Aplicações estatísticas nas ciências biológicas e médicas. Belém: Sociedade Civil Mamirauá, 2007. p.291.

Carvalho TB, Cancian LR, Marques CG, Piatto VB, Maniglia JV, Molina FD. Six years of facial trauma care: an epidemiological analysis of 355 cases. Brazil J Otorhinalaryngol. 2010;76(5):565-74.

Gassner R, Tuli T, Hächl O, Rudisch A, Ulmer H. Cranio maxillofacial trauma: a 10 year review of 9543 cases with 21067 injuries. J Craniomaxillofac Surg. 2003;31(1):51-61.

Martins Junior JC, Keim FS, Helena ETS. Aspectos epidemiológicos dos pacientes com traumas maxilofaciais operados no Hospital Geral de Blumenal, SC de 2004 a 2009. Arq Int Otorrinolaringol. 2010; 14.

Falcão MFL, Segundo AVL, Silveira MMF. Estudo Epidemiológico de 1758 fraturas faciais tratadas no Hospital da Restauração, Recife-PE. Camaragibe: Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac 2005;5:65-72.

Brasil. Previdência Social. Anuário Estatístico da Previdência Social 2012. Brasília, DF, 2012. Disponível em: < http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2013/05/AEPS_2012.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2014.

Brasil. Ministério do Trabalho. Mato Grosso do Sul. 2013. Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 23 set. 2015.

Salim APN. A teoria do risco criado e a responsabilidade objetiva do empregador em acidentes de trabalho. Belo Horizonte: Rev Trib Reg Trab 3ª Reg. 2005,41:97-110.

Glynn SM, Shetty V. The long-term psychological sequelae of orofacial injury. Oral Maxillofac Surg Clin of North Am. 2010;22(2):217–24.

Lee JH, Cho BK, Park WJ. A 4-year retrospective study of facial fractures on Jeju, Korea. J Craniofac Surg. 2010;38(3):192-6.

Brasileiro BF, Passeri LA. Epidemiological analysis of maxillofacial fractures in Brazil: a 5-year prospective study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2006;102(1):28-34.

Albuquerque CEL. Perfil Epidemiológico e fatores de risco associados ao traumatismo maxilofacial de pacientes atendidos no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral-CE [dissertação]. Duque de Caxias: Universidade Grande Rio Prof José de Souza Herdy; 2012.

Chrcanovic BR. Factors influencing the incidence of maxillofacial fractures. Oral Maxillofac Surg. 2012;16(1):3-17.

Peres SHCS, Theodoro DS, Ribeiro DA, Avila ED, Greghi GA, Silva RPR. Odontologia do Trabalho: doenças e lesões na prática profissional. Rev Odontol. Araçatuba 2006; 27:54-58.

Malara P, Malara B, Drugacz J. Characteristics of maxillofacial injuries resulting from road traffic accidents--a 5 year review of the case records from Department of Maxillofacial Surgery in Katowice, Poland. Head Face Med. 2006; 28:2-27.

Hupp JR, Ellis III, Tucker MR. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

Mazzilli LEN. Odontologia do trabalho. São Paulo: Santos, 2003.

Downloads

Publicado

2015-11-23

Como Citar

Almeida, A. P. M. F., Demétrio, A. T. W., Rocha, N. B. da, Fujimaki, M., Gasparetto, A., & Lolli, L. F. (2015). Perfil dos trabalhadores acometidos por acidentes ocupacionais com traumas na região de cabeça do Estado do Mato Grosso do Sul. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 4(4). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/919

Edição

Seção

Artigos