Percepção e conduta dos acadêmicos de Odontologia frente á violência intrafamiliar

Autores

  • Clea Adas Saliba Garbin
  • Gabriela Peres Teruel
  • Tânia Adas Saliba
  • Renato Moreira Arcieri
  • Artênio José Ísper Garbin

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v6i6.2079

Resumo

A violência tem crescido nos últimos tempos e passou a ser foco de atenção á saúde após ocupar destaque nas ocorrências de morbimortalidade na população brasileira. Objetivou-se neste estudo verificar a percepção e a conduta dos acadêmicos de odontologia de uma Faculdade Estadual de São Paulo sobre violência intrafamiliar. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado com 78 alunos de graduação do curso de odontologia. Foi aplicado um instrumento semiestruturado com perguntas sobre o tema. Utilizou-se análise estatística descritiva e obteve-se aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP. Os resultados nos mostraram que todos os entrevistados (n=78) acreditavam que a violência intrafamiliar é um problema social.  Foi verificado que 45% atribuíram ás causas de agressão doméstica com á dependência química e alcoólica. Na percepção dos alunos, 73% acreditavam que as mulheres são mais vítimas de agressão. Quando questionados se haviam recebido algum tipo de informação sobre o tema, 27% responderam que não. Apesar da maioria se sentir responsável pela notificação compulsória, 41% dos alunos não sabiam o que era e 82% desconheciam a ficha. De acordo com a conduta dos acadêmicos, 45% não encaminhariam ás vítimas á algum órgão especializado. Conclui-se que os acadêmicos de odontologia em sua maioria tem alguma percepção sobre violência intrafamiliar, porém grande parte não sabe qual conduta seguir frente aos casos.

Descritores: Violência Doméstica; Conhecimento; Estudantes de Odontologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brilhante AVM, Moreira GAR, Vieira LJES, Catrib AMF. Um estudo bibliométrico sobre a violência de gênero. Saúde Soc. 2016; 25(3):703-15.

Rocha EM, Vilela ABA, Silva DM. Enfrentamento da violência intrafamiliar contra pessoas idosas pelos profissionais de saúde. Rev Kairós. 2015;18(4):29-46.

Garbin CAS, Rovida TAS, Costa AA, Garbin AJI. Percepção e atitude do cirurgião-dentista servidor público frente à violência intrafamiliar em 24 municípios do interior do estado São Paulo, 2013-2014. Epidemiol Serv Saúde. 2016; 25(1):179-86.

Cecílio PPL, Garbin CAS, Rovida TAS, Queiroz APDG, Garbin AJI. Violência interpessoal: estudo descritivo dos casos não fatais atendidos em uma unidade de urgência e emergência referência de sete municípios do estado de São Paulo, Brasil, 2008 a 2010. Epidemiol Serv Saúde. 2012;21(2):293-304.

Brasil. Ministério da saúde. Secretária das Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Minayo MCS. Violência: um problema para a saúde dos brasileiros. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. p. 9-41.

Saliba O, Garbin CAS, Garbin AJI, Dossi AP. Responsabilidade do profissional de saúde sobre a notificação de casos de violência doméstica. Rev Saúde Pública. 2007;41(3):472-7.

Garbin CAS, Dias IA, Rovida TAS, Garbin AJI. Desafios do profissional de saúde na notificação da violência: obrigatoriedade, efetivação e encaminhamento. Ciênc saúde coletiva. 2015; 20(6):1879-90.

Pereira MS, Pereira MS, Lima DO, Matos FTC. Lesões bucofaciais decorrentes de situações de violência doméstica: revisão integrativa da literatura. Vivências. 2016; 12(22):201-11.

Souza ER, Ribeiro AP, Penna LHG, Ferreira AL, Santos NC, Tavares CMM. Domestic violence in the conception of health profissionals trainers. Ciênc saúde coletiva. 2009;14(5):1709-19.

Day VP, Telles LEB, Zoratto PH, Azambuja MRF, Machado DA, Silveira MB, et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Rev Psiquiatri. 2003; 25(Suppl 1):9-21.

Ballone GJ, Ortolani IV, Moura EC. Violência doméstica. 2008. Disponível em: http://www.psiqweb. med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=NO/LerNoticia&idNoticia=89. Acesso em: 10 jan. 2017.

Dias MBA. A Lei Maria da Penha na Justiça: a efetividade da Lei 11.340/2006 de combate á violência domestica e familiar contra a mulher. São Paulo: Revista dos Tribunais; 2012.

Pereira CNA. Violência contra mulher e mídia: um estudo sobre a influencia da mídia nas violências cometidas as mulheres do município de Macaé- RJ [trabalho de conclusão de curso]. Rio das Ostras: Universidade Federal Fluminense; 2011.

Brasil. Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. DO 3/10/2003. p.1.

Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. DO 16/07/1990. p. 13563.

Brasil. Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003. Estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados. DO 25/11/2003. p.11.

Garbin CAS, Melo LMLL, Moimaz SAS, Garbin AJL, Rovida TAS. Violência intrafamiliar na rotina do agente comunitário de saúde. J Health Sci Inst. 2014; 32(4):385-9.

Downloads

Publicado

2017-07-11

Como Citar

Garbin, C. A. S., Teruel, G. P., Saliba, T. A., Arcieri, R. M., & Garbin, A. J. Ísper. (2017). Percepção e conduta dos acadêmicos de Odontologia frente á violência intrafamiliar. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6(6). https://doi.org/10.21270/archi.v6i6.2079

Edição

Seção

Artigos