Tratamento cirúrgico de fratura mandibular decorrente de projétil de arma de fogo: relato de caso

Autores

  • Patrícia Rota Bermejo
  • Juliana Zorzi Coléte
  • Gustavo Antonio Correa Momesso
  • Paulo Afonso de Oliveira
  • José Hicsy Fonseca
  • Elio Hitoshi Shinohara

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v5i6.1718

Resumo

As lesões faciais causadas por arma de fogo ainda são motivo de muita preocupação no âmbito da saúde pública e podem causar grandes prejuízos estéticos e funcionais para o paciente, além de perda de qualidade de vida. Sendo assim, o objetivo deste estudo é relatar um caso clínico de paciente do sexo masculino, 39 anos, encaminhado por policiais militares à equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial para avaliação de lesão facial apresentando trauma em face decorrente de projétil de arma de fogo, foi submetido à cirurgia para a remoção do projétil e reconstrução maxilofacial em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, devido às condições sistêmicas do paciente. Foi removida a jaqueta do projétil alojada em mucosa jugal direita e fragmentos dentários que se encontravam na linha de trajeto do projétil. Notou-se mobilidade do segmento anterior da mandíbula e lacerações em mucosa oral interna. No quarto dia foi realizada glossectomia parcial, em região de terços anterior e médio e fixação de fratura. Optou-se pelo acesso extraoral, realizou-se remoção de fragmentos ósseos, redução da fratura em sínfise, instalação de placa de reconstrução do lado esquerdo e placa e parafusos de 2,0 mm em sínfise, sendo os parafusos bicorticais em zona compressiva e monocorticais em zona de tração. Foi possível concluir que a redução aberta com fixação com placas e parafusos é uma boa opção de tratamento para fraturas cominutivas causadas por projéteis de arma de fogo, devolvendo ao paciente aspectos estéticos, funcionais e psicológicos.

Descritores: Ferimentos por Arma de Fogo; Fraturas Mandibulares; Glossectomia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Gruss JS, Antonyshyn O, Phillips JH. Early definitive bone and soft-tissue reconstruction of major gunshot wounds of the face. Plast Reconstr Surg. 1991 Mar; 87(3):436-50.

May M, Cutchavaree A, Chadaratana P, West J. Mandibular fractures from civilian gunshot wounds: a study of 20 cases. Laryngoscope. 1973 Jun; 83(6):969-73.

Neupert EA, Boyd SB. Retrospective analysis of low-velocity gunshot wounds to the mandible. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1991 Oct; 72(4):383-7.

Walker RV, Frame JW. Civilian maxillo-facial gunshot injuries. Int J Oral Surg. 1984 Aug; 13(4):263-77.

Hollier L, Grantcharova EP, Kattash M. Facial gunshot wounds: a 4-year experience. J Oral Maxillofac Surg. 2001 Mar; 59(3):277-82.

Clark N, Birely B, Manson PN, Slezak S, Kolk CV, Robertson B, et al. High-energy ballistic and avulsive facial injuries: classification, patterns, and an algorithm for primary reconstruction. Plast Reconstr Surg. 1996 Sep; 98(4):583-601..

Chen AY, Stewart MG, Raup G. Penetrating injuries of the face. Otolaryngol Head Neck Surg. 1996 Nov; 115(5):464-70.

Thorne CH. Gunshot wounds to the face. Current concepts. Clin Plast Surg. 1992 Jan; 19(1):233-44.

Mladick RA, Georgiade NG, Royer J. Immediate flap reconstruction for massive shotgun wound of face. Case report. Plast Reconstr Surg. 1970 Feb; 45(2):186-8.

Kihtir T, Ivatury RR, Simon RJ, Nassoura Z, Leban S. Early management of civilian gunshot wounds to the face. J Trauma. 1993 Oct;35(4):569-75;

Weider L, Hughes K, Ciarochi J, Dunn E. Early versus delayed repair of facial fractures in the multiply injured patient. Am Surg. 1999 Aug; 65(8):790-3.

Demetriades D, Chahwan S, Gomez H, Falabella A, Velmahos G, Yamashita D. Initial evaluation and management of gunshot wounds to the face. J Trauma. 1998 Jul; 45(1):39-41.

Williams CN, Cohen M, Schultz RC. Immediate and long-term management of gunshot wounds to the lower face. Plast Reconstr Surg. 1988 Sep; 82(3):433-9.

Siberchicot F, Pinsolle J, Majoufre C, Ballanger A, Gomez D, Caix P. Gunshot injuries of the face. Analysis of 165 cases and reevaluation of the primary treatment. Ann Chir Plast Esthet. 1998 Apr; 43(2):132-40.

MacFarlane C. Management of gunshot wounds: the Johannesburg experience. Int Surg. 1999 Apr-Jun; 84(2):93-8.

Denny AD, Sanger JR, Matloub HS, Yousif NJ. Self-inflicted midline facial gunshot wounds: the case for a combined craniofacial and microvascular team approach. Ann Plast Surg. 1992 Dec; 29(6):564-70.

Cunningham LL, Haug RH, Ford J. Firearm injuries to the maxillofacial region: an overview of current thoughts regarding demographics, pathophysiology, and management. J Oral Maxillofac Surg. 2003 Aug; 61(8):932-42.

Shaikh ZS, Worrall SF. Epidemiology of facial trauma in a sample of patients aged 1-18 years. Injury. 2002 Oct; 33(8):669-71.

Gassner R, Tuli T, Hächl O, Rudisch A, Ulmer H. Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year review of 9,543 cases with 21,067 injuries. J Craniomaxillofac Surg. 2003 Feb; 31(1):51-61.

Oikarinen K, Ignatius E, Kauppi H, Silvennoinen U. Mandibular fractures in northern Finland in the 1980s--a 10-year study. Br J Oral Maxillofac Surg. 1993 Feb; 31(1):23-7.

Adi M, Ogden GR, Chisholm DM. An analysis of mandibular fractures in Dundee, Scotland (1977 to 1985). Br J Oral Maxillofac Surg. 1990 Jun; 28(3):194-9.

Dutra JAA, Dutra FKAA, Azevedo RA, Carneiro Jr B. Avaliação do tratamento conservador de fratura de mandíbula. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac. 2009; 9(2):89-96.

Giuliani G, Anile C, Massarelli M, Maira G. Management of complex craniofacial traumas. Rev Stomatol Chir Maxillofac. 1997 Nov;98 Suppl 1:100-2.

Greenberg AM. Management of facial fractures. N Y State Dent J. 1998 Mar; 64(3):42-7.

Gruss JS, Mackinnon SE, Kassel EE, Cooper PW. The role of primary bone grafting in complex craniomaxillofacial trauma. Plast Reconstr Surg. 1985 Jan; 75(1):17-24.

Downloads

Publicado

2016-12-31

Como Citar

Bermejo, P. R., Coléte, J. Z., Momesso, G. A. C., Oliveira, P. A. de, Fonseca, J. H., & Shinohara, E. H. (2016). Tratamento cirúrgico de fratura mandibular decorrente de projétil de arma de fogo: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 5(6). https://doi.org/10.21270/archi.v5i6.1718

Edição

Seção

Artigos