P 52. Atendimento Médico Pré-Hospitalar no Brasil: Evolução Histórica

Resumo

Nos últimos anos, mudanças socioeconômicas e demográficas resultaram em um aumento exacerbado de enfermidades relacionadas a situações de urgência/emergência, gerando-se uma necessidade de atendimento imediato no local de ocorrência e posterior transporte para um serviço de atendimento definitivo. Assim, surgiram os serviços de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), cujo objetivo é uma intervenção precoce. O objetivo deste trabalho foi analisar o surgimento e evolução do APH no Brasil. Foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados Bireme e SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e selecionados artigos datados de 2002 e 2015. A construção da política federal para se organizar e regulamentar o serviço de atendimento pré-hospitalar ocorreu em três momentos principais: em um primeiro momento (1998-2002), surgiu o Regulamento do Atendimento dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, porém a política de urgências ainda não contava com mecanismos de financiamento de sua operacionalização; no segundo (2003-2008), houveram mudanças institucionais na atenção às urgências, através da formalização da Coordenação Geral de Urgências e Emergências na estrutura ministerial e da instituição de mecanismos de financiamento específicos, mantendo enfoque na implementação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; já a partir de 2008 (terceiro momento), houve continuidade do SAMU e implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Conclui-se que ao longo da evolução do APH no Brasil, pode-se observar diversos pontos positivos, como atendimento precoce às urgências/emergências, com consequente queda no número de mortes, minimização de danos, sequelas e tempo de internação; redução de custos com internação e reabilitação e alivio das emergências hospitalares.

Descritores: Serviços Médicos de Emergência; Medicina de Emergência; Primeiros Socorros.