Estudo epidemiológico de sífilis na gestação no Hospital Escola do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo
Resumo
INTRODUÇÃO: A quantidade de casos de sífilis e sífilis congênita é grande no Brasil. Tais doenças podem gerar repercussões tanto para a gestante quanto para o recém nascido podendo levar a lesões irreversíveis no concepto se não tratados adequadamente. OBJETIVO: Traçar a epidemiologia das gestantes infectadas pela sífilis no Hospital Escola do Curso de Medicina São Camilo – Hospital Geral de Carapicuíba, São Paulo. MATERIAL E MÉTODO: Descrever os casos de sífilis congênita notificados no Hospital Geral de Carapicuíba, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2012. RESULTADOS: Foram notificados 11 casos de sífilis congênita em um total de 2811 recém nascidos (incidência de 0,3%). Das pacientes que realizaram o pré-natal, a maioria delas obteve seu diagnóstico no primeiro trimestre, e, dentre elas, metade realizou o tratamento. Quase todos recém-nascidos apresentaram VDRL positivo e receberam tratamento por 10 dias. CONCLUSÃO:As taxas de incidência de sífilis congênita no Hospital Geral de Carapicuíba se apresentam inferiores aos dados do ministério da saúde sobre a população brasileira. O ideal seria que a taxa de sífilis congênita fosse zero, porém o fato de ela ser menor que a taxa brasileira não significa que as ações de prevenção desse município são eficazes, mas sim que podem estar ocorrendo subnotificações da doença no município. Por ser uma doença de fácil diagnóstico, e de simples acesso ao tratamento, não há justificativas para o que ocorram quaisquer casos no município.DESCRITORES: Sífilis – Epidemiologia; Sífilis Congênita – Epidemiologia; Complicações Infecciosas na Gravidez.
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Referências
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