Promoção à saúde da mulher

Autores

  • B Franchi
  • G Fernandez
  • I Reitano
  • J Almeida
  • L Pilan
  • F Amêndola

Resumo

INTRODUÇÃO: A atenção integral à saúde da mulher trata do conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas pelo SUS.¹ Os fatores de risco mais proeminentes na saúde da mulher são sexo precoce (menores de 16 anos), múltiplos parceiros e gravidez precoce.¹ Em São Paulo 13,5% das mães são de 10 a 19 anos, revelando a ausência de métodos contraceptivos e preservativos, expondo as mulheres a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).² Dados do DST/AIDS (2011) indicam 38.776 casos de AIDS, 937.000 casos de sífilis e 685.400 casos de HPV por ano, podendo ser revertidos com o uso de preservativos. O HPV está associado com a neoplasia de colo de útero, demostrando a necessidade do exame de Papanicolau para prevenção dessa doença.² Também faz parte da saúde da mulher a conscientização da importância da higiene intima.¹ OBJETIVOS: Realizar grupo educativo com as mulheres atendidas pela UBS Jd. São Carlos, a fim de orientar a importância dos métodos contraceptivos para prevenção de gravidez e DSTs, higiene intima e do Papanicolau. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um Projeto realizado na UBS Jd. São Carlos, com as mulheres atendidas por uma das equipes de saúde da família. Aproveitou-se um grupo já existente na Unidade sobre contraceptivos e realizou-se um grupo educativo abordando os seguintes temas: métodos contraceptivos, principalmente o uso da camisinha, DST, higiene íntima e importância do Papanicolau. Foram utilizados recursos audiovisuais, como apresentação em datashow e objetos cedidos pela UBS, como genitais de borracha, camisinhas, DIU, quadro de métodos contraceptivos e cartilha de DST. Foram distribuídos questionários ao início e fim da apresentação para compararmos o conhecimento prévio com o aprendido na apresentação. Ao final da apresentação foi oferecido um café da manhã. RESULTADOS: Participaram do grupo 19 mulheres. Observou-se bom interesse e participação durante a apresentação. Muitas ficaram inseguras (em média 8 mulheres) e não responderam ao questionário na primeira aplicação. Ao final da apresentação, notou-se um aumento da participação (18 mulheres) no preenchimento dos questionários. CONCLUSÃO: No geral, foi observado que a quantidade de mulheres que aceitaram responder o questionário após a palestra foi maior do que de início, o que mostra que estavam mais confortáveis e familiarizadas com o assunto. Além disso, após a palestra o número de acertos foi maior no geral das perguntas. Entretanto foi observado que quando perguntado quantos métodos contraceptivos elas conheciam, tanto antes como após, elas responderam nenhum, o que evidencia o desconhecimento da palavra “contraceptivos”. Na pergunta sobre o uso de contraceptivos na gravidez, o aumento de respostas erradas pode estar relacionado ao exemplo dado durante a palestra sobre a existência de uma pílula específica para gestantes, porém este exemplo não era o foco da pergunta. O aumento de erros na pergunta sobre o coito interrompido pode estar relacionado a não interpretação correta da pergunta, pois foi explicado que prevenia a gravidez, mas não era um método seguro.

DESCRITORES: Saúde da Mulher; Promoção à Saúde; Métodos Contraceptivos; DST, Papanicolaou; Higiene Íntima

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Referências

Ministério da Saúde. Agenda da Mulher, 2006. Brasília. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_mulher.pdf. Acessado em: 31/05/2013

Ministério da Saúde. DST-AIDS, 2011. São Paulo. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pagina/aids-no-brasil. Acessado em: 31/05/2013

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Publicado

2013-11-10

Como Citar

Franchi, B., Fernandez, G., Reitano, I., Almeida, J., Pilan, L., & Amêndola, F. (2013). Promoção à saúde da mulher. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.3). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/301