Perfil da automedicação na Odontologia

Resumo

Introdução: A automedicação é o uso de medicação de forma indiscriminada por parte de pacientes sem saber os riscos e consequências por não ter o conhecimento do mecanismo de ação e a toxidade. A prescrição errônea e irracional pode aumentar o risco de efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas, eventos adversos e mascaramento de doenças, o que pode retardar o diagnóstico correto. Objetivo: Assim, o objetivo desse estudo é avaliar o perfil dos pacientes que se automedicam para tratar problemas bucais. Metodologia: A presente pesquisa é um estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado na clínica escola de Odontologia das Faculdades Integradas de Patos, com pacientes que procuraram atendimento. A população foi composta de 284 adultos, porém a amostra foi de 81 voluntários, obtida com base nos critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário contendo questões que abordaram aspectos relacionados às características sociodemográficas dos participantes, os problemas bucais relacionados à automedicação e as substâncias mais utilizadas pelos pacientes. Resultados: Os resultados mostram que 70,3% dos pacientes afirmaram que fazem ou já fizeram uso da automedicação, o sexo feminino prevaleceu com 67,3% na faixa etária de 18-38 anos (61,7%), solteiros foram em maior número (44,4%). O medicamento mais usado foi aDipirona (31,8%) para sanar dor de dente (72,8%). Com relação aos fitoterápicos, 92,6% nunca fizeram uso dessas substâncias, enquanto 7,4% já fizeram uso principalmente para dores de dente (66,6%) e 100% desses usuários afirmaram que a substância serviu. Conclusão: Conclui-se que a prática da automedicação é comum e a maioria dos usuários conseguem a medicação nas farmácias alegando comprarem por indicação de familiares ou experiência própria. E o difícil acesso ao serviço de saúde e a falta de tempo agrava a procura por prescrição médica.