Considerações sobre fixadores externos sob a perspectiva do paciente
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v7i9.3153Resumo
Introdução: Dentre as medidas terapêuticas impostas nas fraturas, os fixadores externos são dispositivos frequentemente usados, principalmente em hospitais referência de trauma. A fixação externa pode gerar desfiguramento ao corpo humano e conduzir a um grau de invalidez. Ocorre um inevitável insulto a imagem corporal e causa rompimento do relacionamento pessoal e social, podendo gerar depressão e retração. Objetivos: Avaliar as considerações de pacientes atendidos em um hospital referência de trauma sobre o uso dos fixadores externos. Métodos: Estudo qualitativo e descritivo realizado no Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves, Belo Horizonte, com 20 pacientes em uso de fixadores externos. Para a análise e apresentação dos resultados utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo, redigido na primeira pessoa do singular, composto por expressões chaves que tiveram as mesmas ideias centrais e mesma ancoragem. Resultados: Quanto à função dos fixadores externos, os pacientes demonstraram conhecimento, exibindo como ideias centrais, sua atuação como tratamento definitivo, tratamento temporário, uso em casos complexos, e controle da dor. Ainda, quanto às suas impressões sobre o uso dos mesmos, foram mencionadas considerações negativas como a ocorrência de dor e incômodo; referências sobre as condições estéticas; todavia, a maioria manifestou otimismo sobre o uso do mesmo, exibindo compreensão sobre o seu benefício. Conclusão: A despeito do escasso conteúdo na literatura que explora as percepções dos pacientes sobre os fixadores externos, notamos que a maioria tem conhecimento sobre a função do mesmo, manifestando, sobretudo, otimismo em relação ao seu uso.Descritores: Pesquisa Qualitativa; Bioética; Qualidade de Vida; Fixação de Fratura.
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