Fratura do complexo zigomático

Abstract

Os traumas na região do complexo zigomático-maxilar (CZM) ocorrem com a segunda maior frequência devido sua proeminência facial e podem acarretar diversas deformidades estéticas e incapacidades funcionais que vão desde depressões faciais a deficiências na movimentação do globo ocular. As fraturas do assoalho de órbita podem estar associadas às fraturas na região zigomaticomaxilar, devido às forças de alto impacto, comprometendo também as paredes delgadas das órbitas. Esse trabalho aborda o manejo clínico e cirúrgico da fratura do Complexo Zigomático Maxilar Orbitário do lado direto. Paciente do gênero masculino, 49 anos de idade, foi encaminhado à Santa Casa de Araçatuba vítima de acidente laboral, decorrendo em trauma facial. Apresentou-se em bom estado geral e referiu perda de consciência no momento do trauma. Ao exame físico, apresentou equimose e edema periorbitários do lado direito, perda de projeção malar do lado direito, acuidade visual e mobilidade ocular preservada. Foram solicitados tomografia computadorizada, a qual apresentou traços hipodensos sugestivos de fratura de complexo zigomático orbitário e exames laboratoriais como exames complementares. O paciente foi submetido a procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, para redução e fixação das fraturas através dos acessos supraciliar, subtarsal e a utilização de placas e parafusos do sistema 2.0. O pós-operatório se constituiu de realização de Tomografia Computadorizada, prescrição medicamentosa, e orientações domiciliares, com acompanhamento pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba.

Descritores: Traumatologia; Órbita; Zigoma.