Preconceito: representação social dos calouros de Odontologia da FOA/UNESP 2018

Abstract

O preconceito é um juízo pré-concebido de algo que não conhecemos. Constitui uma das mais perversas estratégias de opressão que rege o processo discriminatório entre os homens. A representação social é um conhecimento elaborado e partilhado com a finalidade prática de construir realidade comum a um conjunto social. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi produzir material próprio de autoconhecimento a respeito do tema "preconceito" entre 96 calouros da FOA/UNESP 2018, sendo 66 mulheres e 26 homens. Estes alunos quando confrontados com o tema "preconceito" evocaram 23 categorias assim distribuídas: HOMENS - crime (1), estereótipo (4), intolerância (8), mídia (16), racismo (16), respeito (18), retrocesso (20), sociedade (21) e xenofobia (25), e MULHERES - cotidiano (2), crime (3), desconhecido (3), desigualdade (5), estereótipo (6), homofobia (7), igualdade (7), inadmissível (7), intolerância (10), julgamento (11), maldade (13), mídia (14), mudança (15), opinião (19), padrões (19), privacidade (21), racismo (22), respeito (24), retrocesso (25), sexualidade (25), sociedade (30) e tristeza (52). A análise utilizando a teoria de Moscovici revela que a representação social "preconceito" para homens prevalecem xenofobia e sociedade, e para mulheres, tristeza e sociedade. A realidade entra em concordância com a teoria, pois conceber o outro como um dos nossos semelhantes parece cada vez mais difícil em nossa cultura. Na contemporaneidade, os traços físicos e sexualidade ainda são alvos de discriminação e preconceito, principalmente quando entendemos esses traços desqualificadores como pertencentes a minorias. Dessa forma podemos concluir que a representação social "preconceito" para os calouros da FOA/UNESP 2018 configura a categoria sociedade.

Descritores: Racismo; Tristeza; Xenofobia; Sexualidade.