Fratura exposta supracondiliana umeral e lesão vásculo-nervosa em paciente pediátrico

Autores

  • Amanda Oliva Spaziani Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • Guilherme Ruiz Polatto Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • Gustavo Faleiro Barbosa Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • João Gabriel Goulart Zanon
  • Raulcilaine Érica dos Santos Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • Talita Costa Barbosa Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • Natasha Ohana Marinho Rosa Universidade Brasil, Medicina. Fernandópolis – SP, Brasil
  • Lindemberg Barbosa Júnior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Medicina. Três Lagoas – MS, Brasil
  • Raissa Silva Frota Universidade de Rio Verde, Medicina. Goianésia – GO, Brasil
  • Flávio Henrique Nuevo Benez dos Santos Universidade Brasil, Médico, Esp. Ortopedia e Traumatologia, Esp. Medicina Física e Reabilitação, Me. Ciências da Saúde, MBA Gestão em Saúde. Fernandópolis-SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.4833

Palavras-chave:

Fraturas Ósseas, Fixação de Fratura, Cotovelo

Resumo

Introdução: Fraturas e luxações na região do cotovelo são frequentes, principalmente na faixa etária pediátrica, correspondendo a 17% das fraturas deste grupo. Objetivo: O presente trabalho objetiva explanar a fratura exposta supracondiliana umeral com lesão vásculo-nervosa em paciente pediátrico por meio de relato de caso e estudos de embasamento teórico. Metodologia: Trabalho realizado por meio de coleta de dados do prontuário médico e de artigos científicos. Sexo masculino, 7 anos, atendido em emergência após queda de cavalo e traumatismo em cotovelo esquerdo com exposição óssea em um ferimento maior do que dez centímetros. Relato de caso: Sendo assim, uma fratura exposta supracondiliana em cotovelo esquerdo – grau 3C – com lesão da artéria braquial e dos nervos radial e ulnar. Foi encaminhado para centro cirúrgico, onde foi realizada lavagem, desbridamento cirúrgico, redução e fixação da fratura. Foi realizada a revascularização da artéria braquial e neurorrafia dos nervos radial e ulnar. Fechamento por planos, curativo, tala e antibióticoterapia. Evoluiu com retorno da perfusão e pulsos radial e ulnar. Após três semanas, houve consolidação da fratura com pulsos preservados, mas com déficits nos nervosos. Após dois meses de reabilitação, já apresentava arco total do movimento do cotovelo, com seis, esboço dos nervos radial e ulnar e com um ano retorno de suas funções normais. Conclusão: Ainda são muitas as contradições em relação ao tipo de tratamento que deve ser instituído, justamente por ser uma região delicada e repleta de estruturas anatômicas que referem a um complexo sistema integrado por ossos, ligamentos, músculos, sistema vascular e neurológico que propiciam muitas vezes o processo iatrogênico durante a intervenção.

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Publicado

2021-04-07

Como Citar

Spaziani, A. O., Polatto, G. R., Barbosa, G. F., Zanon, J. G. G., Santos, R. Érica dos, Barbosa, T. C., Rosa, N. O. M., Barbosa Júnior, L., Frota, R. S., & dos Santos, F. H. N. B. (2021). Fratura exposta supracondiliana umeral e lesão vásculo-nervosa em paciente pediátrico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(4), 542–546. https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.4833

Edição

Seção

Original Articles