Condição oral de pacientes imunocomprometidos internados em Unidade de Terapia Intensiva

Autores

  • Nathalya Pontes Tejo Cirurgiã-Dentista pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, João Pessoa (PB), 58053-000, João Pessoa – PB, Brasil
  • Kauana da Silva Andrade Curso de Graduação em Odontologia, Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, João Pessoa (PB), 58053-000, João Pessoa – PB, Brasil
  • Artemisa Fernanda Moura Ferreira Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Especialista em Radiologia Odontológica pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) e Professora do Curso de Odontologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, 58053-000 João Pessoa – PB, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.5186

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva, Imunossupressão, Saúde Bucal

Resumo

Introdução: As alterações na saúde oral dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva podem repercutir na condição sistêmica do paciente devido à instalação de processos patológicos como a cárie e a doença periodontal. Objetivo: Avaliar a condição oral de pacientes imunocomprometidos internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Clementino Fraga. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, documental e de corte transversal que foi realizado no Serviço de Arquivamento Médico e Estatístico (SAME) do referido hospital. A amostra foi obtida de forma não-probabilística, sendo constituída por 80 prontuários de pacientes com idades entre 9 e 86 anos. As informações obtidas foram registradas em um instrumento de coleta de dados para posterior tratamento estatístico no Statistical Package for Social Sciences – SPSS. Resultados: Entre os participantes da pesquisa, 57,5% possuíam a síndrome da imunodeficiência adquirida, 21,3% possuíam tuberculose e 21,3% apresentavam a associação das duas. As condições orais mais prevalentes foram: lábios ressecados (88,85%), língua saburrosa (87,55%) e biofilme com conotação 01 em 33,8% dos pacientes. Além disso, 68,8% apresentam gengiva hiperplásica, 26,3% tinham gengivorragia e 46,3% dos pacientes apresentavam sangramento de origem bucal. Conclusões: Os resultados mostram que a maior parte das alterações bucais observadas poderiam ser prevenidas por cuidados odontológicos básicos, o que confirma a importância da integração do cirurgião-dentista às equipes multiprofissionais das UTIs hospitalares.

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Publicado

2021-03-10

Como Citar

Tejo, N. P., Andrade, K. da S. ., & Ferreira, A. F. M. . (2021). Condição oral de pacientes imunocomprometidos internados em Unidade de Terapia Intensiva. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(4), 674–679. https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.5186

Edição

Seção

Original Articles