Anti-inflamatórios e anti-depressivos: efeito sobre a sintomatologia dos processos depressivos
Resumen
Desde que as associações entre os quadros depressivos e as enfermidades inflamatórias foram percebidas, estudos têm evidenciado que anti-inflamatórios poderiam ter atividade sobre a depressão. Esse estudo objetivou discutir o efeito desses fármacos sobre o processo depressivo por meio de revisão de literatura. Foram consultadas as bases SciELO, BIREME, LILACS, MEDLINE e PubMed, selecionando-se 29 artigos publicados entre 1991 e 2017. Os dados sugerem que a influenciação entre anti-inflamatórios e antidepressivos seja recíproca. A utilização de ácido acetil salicílico, celecoxib, em associação com fluoxetina ou reboxetina, potencializa a remissão dos quadros depressivos, quando comparada com o uso isolado de antidepressivos. Fluoxetina e mianserina também possuem atividade anti-inflamatória, estimulando a produção de citocinas anti-inflamatórias e reduzindo a produção de radicais oxidativos, além de participar da degradação das prostaglandinas. Os inibidores da enzima ciclo-oxigenase-2 têm efeito anti-inflamatório, mas exercem efeito protetor sobre o tecido neuronal, por exacerbar a produção de ácido epóxi-icosatrienóico e lipoxinas, que também modificam a reatividade imunológica do hospedeiro e exacerbam a neurogênese. Com a redução nos níveis de TNF-α, IL-1 e IL-6, observa-se uma atenuação da sintomatologia da depressão, sendo que os antidepressivos também parecem atenuar o quadro inflamatório através da redução da liberação das citocinas pro-inflamatórias e pela sensibilização dos receptores no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.Descritores: Anti-Inflamatórios; Mediadores da Inflamação; Depressão; Transtorno Depressivo.
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Publicado
2017-11-26
Cómo citar
Sanches, N. dos S., Gaetti-Jardim Júnior, E., Barra, R. H. D., & Schweitzer, C. M. (2017). Anti-inflamatórios e anti-depressivos: efeito sobre a sintomatologia dos processos depressivos. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2306
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