O fator tempo no sofrimento familiar e a intervenção do perito odontolegista minorando as incertezas frente a um homicídio

Autores/as

  • Granger MO, Bantim YCV, Freire AR, Rossi AC, Prado FB, Carvalho GP

Resumen

A determinação de exumação de um corpo pela justiça ocorre quando há dúvida na causa da morte ou na sua identidade. A identificação dentária apresenta-se como alternativa quando os corpos estão em avançado estado de decomposição, em partes, esqueletizados ou carbonizados. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como a intervenção da perícia odontolegal pode minorar o tempo de espera e o sofrimento familiar em casos de pessoas desaparecidas. Uma mulher que viajava de carro fez uma pausa e indo em direção da mata percebeu a presença de manchas de sangue. A polícia foi comunicada e encontrou um corpo em decomposição na área de mata próxima da autoestrada. O corpo foi encaminhado ao IML. Uma suposta ex-mulher de um desaparecido compareceu com uma foto requerendo a liberação do corpo que não foi permitida devido ao estado avançado de decomposição que destruiu as digitais. À época, neste IML não havia perito odontolegista, impedindo qualquer confronto odontolegal, nem foram coletadas amostras para um confronto genético. Em menos de um (01) ano do fato, peritos assumiram o serviço. Porém, somente depois de quatro (04) anos a justiça autorizou a exumação do cadáver com a finalidade de retirada de material para exame de DNA. Um odontolegista fez parte da equipe enviada para a exumação. O jornal local expôs uma foto do suspeito sorrindo. Imediatamente, o perito requisitou a fotografia junto ao delegado. A suposta ex-mulher foi entrevistada informando que o suspeito tinha uma "peça na boca que sacava", localizada na "subida da boca pro nariz", "abaixo do nariz, nos dentes da frente" e que perdeu esses dentes na adolescência. Características individualizantes presentes na fotografia e nos dentes em estudo permitiram confirmar a identidade do suspeito. A identificação pelos dentes eliminou a necessidade de exame de DNA, abreviando o tempo de espera da família pela solução do caso. A presença de um perito odontolegista na época poderia evitar o prolongamento da aflição e incerteza da família.

Descritores: Identificação Humana; Odontologia Legal; Trauma Psicológico.

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Publicado

2019-02-05

Cómo citar

Freire AR, Rossi AC, Prado FB, Carvalho GP, G. M. B. Y. (2019). O fator tempo no sofrimento familiar e a intervenção do perito odontolegista minorando as incertezas frente a um homicídio. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4454

Número

Sección

Clínica Odontológica