Perfil dos pacientes com necessidades especiais atendidos em uma clínica escola

Autores

  • Thaysi de Fátima Alves Rolim
  • Ana Karina Almeida Rolim
  • Kharinne Rachel Sá Vettorazzo
  • Diego Filipe Bezerra Silva
  • José Henrique de Araújo Cruz
  • Smyrna Luiza Ximenes de Souza

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i1.4832

Palavras-chave:

Odontologia, Saúde Bucal, Clínicas Odontológicas

Resumo

Objetivos: Analisar o perfil dos pacientes atendidos e quantificar os procedimentos realizados nos semestres de 2015.2, 2016.1, 2016.2 e 2017.1 na Clínica de Pacientes com Necessidades Especiais da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba. Material e métodos: Realizar um estudo retrospectivo, observacional, descritivo e quantitativo, através dos prontuários dos pacientes que foram atendidos durante os semestres 2015.2 a 2017.1. Uma ficha secundária foi elaborada para filtrar apenas os dados pertinentes, quais sejam: características sócio demográficas, históricos médico e odontológico, categorização e quantificação dos procedimentos realizados. Os dados foram organizados e armazenados em um formulário digital no Google forms e depois exportados para planilha do Microsoft Excel para posterior análise. Resultados: Dos 58 prontuários analisados, a metade (50%) é do sexo feminino e 46,6% são jovens entre 15 a 29 anos de idade. Observou-se que 36,2% dos pacientes apresentam condições ou doenças crônicas. A deficiência intelectual aparece em 22,4% da amostra, seguida da deficiência física, 13,79%, sensorial 10,3%, síndromes 10,3%, doença mental 8,6% e dos distúrbios comportamentais 6,9%. A orientação de higiene bucal foi o procedimento preventivo mais frequente, realizado em 79,3% da população. Os procedimentos curativos mais prevalentes foram raspagem periodontal, 56,9%, restaurações definitivas, 50%, provisórias, 29%, e exodontias em 17,2% dos pacientes. Conclusão: A referida Clínica prestou atendimento a 58 pacientes com 25 diferentes tipos de condições que os tornaram especiais, de forma temporária ou permanente. A alta prevalência dos procedimentos curativos denota o reflexo de uma saúde bucal insatisfatória e higiene bucal deficiente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Marks L, Fernandez C, Kaschke I, Perlman S. Oral cleanliness and gingival health among Special Olympics athletes in Europe and Eurasia. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2015; 20(5):e591-97.

Pini DM, Fröhlich PC, Rigo L. Oral health evaluation in special needs individuals. Einstein (Sao Paulo). 2016;14(4):501-7.

Chen MC, Kung PT, Su HP, Yen SM, Chiu LT, Tsai WC. Utilization of tooth filling services by people with disabilities in Taiwan. Int J Equity Health. 2016;15:58.

Pareek S, Nagaraj A, Yousuf A, Ganta S, Atri M, Singh K. Effectiveness of supervised oral health maintenance in hearing impaired and mute children- A parallel randomized controlled trial. J Int Soc Prev Community Dent. 2015;5(3):176-82.

Kuenburg A, Fellinger P, Fellinger J. Health Care Access Among Deaf People. J Deaf Stud Deaf Educ. 2016;21(1):1-10.

Molina GF, Faulks D, Frencken J. Acceptability, feasibility and perceived satisfaction of the use of the Atraumatic Restorative Treatment approach for people with disability. Braz Oral Res. 2015;29(1):1–9.

Watters AL, Stabulas-Savage J, Toppin JD, Janal MN, Robbins MR. Incorporating Experiential Learning Techniques to Improve Self-Efficacy in Clinical Special Care Dentistry Education. J Dent Educ. 2015;79(9):1016-23.

Liu Z, Yu D, Luo W, Yang J, Lu J, Gao S et al. Impact of Oral Health Behaviors on Dental Caries in Children with Intellectual Disabilities in Guangzhou, China. Int J Environ Res Public Health, China, 2014;11(10):11015-27.

Cruz S, Chi DL, Huebner CE. Oral health services within community-based organizations for young children with special health care needs. Spec Care Dentist. 2016;36(5):243-53.

IBGE, IBGE. Cidades@. Avaliable from: http://www. ibge. gov. br/cidadesat/topwindow. htm, 2010, 1.

Domingues NB, Ayres KCM, Mariusso MR, Zuanon ACC, Giro EMA. Caracterização dos pacientes e procedimentos executados no serviço de atendimento a pacientes com necessidades especiais da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. Rev Odontol UNESP. 2015;44(6):345-50.

Queiroz FDS, Rodrigues MMLDF, Cordeiro Junior GA, Oliveira ADB, De Oliveira J D, De Almeida ER. Avaliação das condições de saúde bucal de Portadores de Necessidades Especiais. Rev Odontol UNESP. 2014;46(6):396-401.

Barros ALO, Barros AO, Barros GLM, Santos MTBR. Burden of caregivers of children and adolescents with Down Syndrome. Cien Saude Colet. 2017;22(11):3625-34.

Porovic S, Zukanovic A, Juric H, Dinarevic SM. Oral Health of Down Syndrome Adults in Bosnia and Herzegovina. Mater Sociomed, 2016;28(6):437-39.

Nacamura CA, Yamashita JC, da Cunha Busch RM, Marta SN. Síndrome de Down: inclusão no atendimento odontológico municipal. FOL Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep, 2015;25(1):27-35.

Publicado

2020-10-07

Como Citar

Rolim, T. de F. A., Rolim, A. K. A., Vettorazzo, K. R. S., Silva, D. F. B., Cruz, J. H. de A., & de Souza, S. L. X. (2020). Perfil dos pacientes com necessidades especiais atendidos em uma clínica escola. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(1), 87–93. https://doi.org/10.21270/archi.v10i1.4832

Edição

Seção

Original Articles