Mecanismos de Adesão e Processos de Cimentação de Cerâmicas Ácido Resistentes

Autores

  • Isabela Alcântara Farias Graduanda, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, 58233-000 Araruna- PB, Brasil https://orcid.org/0000-0003-4525-025X
  • José Martí Luna Palhano Graduando, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, 58233-000 Araruna- PB, Brasil
  • Rodrigo Gadelha Vasconcelos Professor Doutor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, 58429-500, Araruna – PB, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7890-8866
  • Marcelo Gadelha Vasconcelos Professor Doutor do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, 58429-500, Araruna – PB, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v11i2.5379

Palavras-chave:

Cerâmica, Cimentação, Cimentos Resinosos

Resumo

Introdução: As cerâmicas ácido resistentes, devido a sua composição, possuem características que influenciam no processo de adesão e consequentemente no protocolo de cimentação utilizado. Assim, elas necessitam de um protocolo de cimentação específico, que possa demostrar eficiência na adesão, sem comprometer a estética e resistência do material. Objetivo: discutir a etapa de cimentação das peças cerâmicas ácido resistentes, enfatizando os diferentes tipos de cimentos e protocolos de cimentação encontrados na literatura. Materiais e métodos: foi realizada uma busca nas bases de dados PubMED/Medline, Lilacs e Scielo, selecionando artigos originais e de revisão, utilizando-se descritores em português e inglês relacionados ao tema. Resultados: As cerâmicas ácido resistentes são reforçada por óxidos como alumina e zircônia, o condicionamento ácido não é efetivo como tratamento de superfície e dentre os métodos passíveis de serem utilizados dois têm se destacado: a aplicação de primers ou silano à base de MDP e a silicatização. Todavia, destaca-se que coroas com zircônia não necessariamente precisam de tratamentos de superfície para garantir a adesão, uma cimentação simplificada, utilizando um cimento resinoso autoadesivo, pode ser realizada sem a necessidade de qualquer tratamento de superfície na peça cerâmica e no preparo dentário. Conclusão: é necessário conhecer todas as particularidades da cerâmica utilizada, do cimento selecionado e demais materiais empregados na etapa de cimentação. Ou seja, um adequado conhecimento técnico é fundamental para o domínio do protocolo clínico, que consequentemente repercutirá no sucesso clínico.

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Publicado

2021-10-18

Como Citar

Farias, I. A., Palhano, J. M. L. ., Vasconcelos, R. G., & Vasconcelos, M. G. (2021). Mecanismos de Adesão e Processos de Cimentação de Cerâmicas Ácido Resistentes. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 11(2), 247–254. https://doi.org/10.21270/archi.v11i2.5379

Edição

Seção

Original Articles