Osteotomia sagital do ramo madibular para correção de má oclusão Classe III de Angle: relato de caso

Autores

  • Irla Karlinne Ferreira de Carvalho, Nara Régia da Silva Domingos, Natália Barbosa de Siqueira, Luiz Henrique Soares Torres, Emanuel Dias de Oliveira

Resumo

Introdução: A osteotomia sagital do ramo mandibular (OSRM) é uma técnica consagrada, segura, com riscos previsíveis e prognósticos extremamente favoráveis, utilizada para correção de deformidades dentofaciais envolvendo a mandíbula. A versatilidade da técnica se deve ao fato de seu design oferecer uma ampla área de contato entre os segmentos ósseos, o que proporciona melhor cicatrização óssea e estabilidade, além de permitir a aplicação de fixação estável de forma precisa e adequada. Essa técnica permite o avanço ou recuo mandibular, levando a uma melhora da função mastigatória, da fonética e da harmonia facial do paciente. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de OSRM para correção de má oclusão classe III de Angle.  Relato do Caso: Paciente do sexo masculino, 29 anos, procurou o serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial/HUOC/FOP/UPE, encaminhado pelo ortodontista após tratamento ortodôntico prévio de 5 anos na tentativa de compensar a classe III. O paciente queixava-se de “dor no maxilar e dificuldade para mastigar”. Após o preparo ortodôntico procedeu-se a análise facial e planejamento pré-operatório do paciente. A análise facial e cefalométrica observou-se que o paciente possuía padrão facial I, perfil reto, classe III de Angle, com discrepância maxilo-mandibular de 4 mm, boa projeção de terço médio da face, desnivelamento do plano oclusal maxilar de 2 mm, não apresenta desvio de linha média dentária na  maxila, desvio de linha média dentária mandibular de 2 mm para a direita em relação a linha média facial. Através de planejamento, baseado em Arnett, por meio de traçados cefalométricos, foi planejada a realização de cirurgia ortognática monomaxilar, com recuo de 4 mm da mandíbula, através de osteotomia sagital do ramo mandibular bilateral, visando corrigir a protusão mandibular, e correção da linha média dentária mandibular em 2 mm para a esquerda. O paciente segue em acompanhamento pós-operatório de 180 dias. Considerações Finais: O tratamento ortodôntico da má oclusão de classe III em adultos é limitado e recai sobre compensações dentárias ou uma combinação entre ortodontia e cirurgia ortognática, para a obtenção de uma oclusão ideal e de uma estética facial agradável. A vantagem deste paciente é que o mesmo apresentava uma boa projeção de terço médio da face, sendo necessária apenas a correção dentoesquelética da mandíbula por meio da OSRM, o que torna a cirurgia menos invasiva e a recuperação mais rápida. 

Descritores: Cirurgia Ortognática; Osteotomia Mandibular; Má Oclusão; Estética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2018-10-24

Como Citar

Natália Barbosa de Siqueira, Luiz Henrique Soares Torres, Emanuel Dias de Oliveira, I. K. F. de C. N. R. da S. D. (2018). Osteotomia sagital do ramo madibular para correção de má oclusão Classe III de Angle: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3521