Estudo da Osseointegração de Implantes sem Estabilidade Primária: o Papel dos Materiais à Base de Fibrina e Cálcio

Resumo

Quando implantes são instalados imediatamente após a exodontia pode ocorrer ancoragem primária diminuída, atraso ou deficiência na evolução do processo de osseointegração. Isto se dá em razão da ampla interface paredes circundantes do alvéolo/superfície do implante. A ancoragem nestas situações pode ser obtida por meio de enxerto ósseo autógeno, homógeno ou heterógeno. O primeiro mostra disponibilidade limitada de material do local doador, além de geralmente requerer hospitalização do paciente (crista ilíaca), aumentando os custos do tratamento. Os dois últimos apresentam riscos de infecção cruzada e ativação de reações imunológicas no hospedeiro. Frente às limitações têm-se intensificado o desenvolvimento de biomateriais compatíveis e indutores da osseointegração. Avaliou-se por meio da revisão da literatura a aplicação de materiais à base de fibrina e fosfato de cálcio em associação à instalação de implantes dentários sem estabilidade primária. Foi realizada busca sistemática em base de dados internacional e nacional. Levantou-se o período 1987-2012. Foram identificadas 175 publicações (37,8% em bases nacionais e 62,2% em internacionais), 41,9% avaliando materiais à base de fibrina e 58,1% à base de fosfato. Concluiu-se que: a) nenhum material apresenta o comportamento biológico do osso autógeno; b) a associação fibrina/fosfato de cálcio estimula respostas biológicas mais favoráveis do que aquelas observadas de foram isolada para cada material.

Palavras-chave

Implantes Dentários, Osseointegração, Fibrina, Fosfato de Cálcio