P-o79 Longevidade do implante, peri-implantite e histórico de doença periodontal: revisão sistemática

Resumo

Objetivos ou Proposição: Tabagismo, falta de higiene bucal e diabetes estão entre os fatores relacionados com o desenvolvimento de peri-implantite, que pode ser definida como um processo inflamatório que afeta os tecidos em torno do implante em função, ocasionando destruição vertical da crista óssea, profundidade de sondagem aumentada, e consequente perda de suporte ósseo, sendo a dor uma característica atípica e a formação da bolsa peri-implantar pode seguir sem qualquer sinal notório de mobilidade do implante até que a osseointegração seja completamente perdida. O objetivo desta revisão sistemática foi identificar estudos clínicos sobre implantes instalados em pacientes com um histórico de doença periodontal tratada para determinar a taxa de sobrevivência e a ocorrência de peri-implantite nestes implantes quando comparado a implantes instalados em pacientes periodontalmente saudáveis. Métodos: A busca de artigos publicados até Março de 2015 foi realizada utilizando os bancos de dados PubMed, Bireme e Embase. Estudos elegíveis foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. A primeira pesquisa de banco de dados revelou 111 títulos. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão, seis estudos mantiveram-se para a análise detalhada. Um total de 438 pacientes foram acompanhados por um período de 3-16 anos; 1061 implantes foram instalados nos pacientes avaliados. Resultados: A primeira pesquisa de banco de dados revelou 111 títulos. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão, seis estudos mantiveram-se para a análise detalhada. Um total de 438 pacientes foram acompanhados por um período de 3-16 anos; 1061 implantes foram instalados nos pacientes avaliados. A ocorrência de peri-implantite foi maior em pacientes que apresentavam histórico de doença periodontal e a taxa de sobrevivência para os implantes instalados nesses pacientes foi de 92,1%, %, abaixo da já conhecida alta taxa de sobrevivência dos implantes, que é de 99,7%. Conclusões: Conclui-se que pacientes com histórico de doença periodontal apresentam maior propensão a desenvolverem peri-implantite quando comparados a pacientes saudáveis periodontalmente e apresentam uma menor taxa de sobrevida.