Microcorrente no processo de cicatrização: revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v5i3.1316Resumo
A cicatrização de feridas é uma resposta biológica à lesão tecidual sendo que diversos métodos terapêuticos estão sendo desenvolvidos e empregados para acelerar tal processo. Entre esses se observa a utilização de estimulação elétrica de baixa intensidade que favorece numerosos eventos no processo cicatricial assim como estimula eventos celulares, a circulação local e também promove alívio de quadros dolorosos. Sua aplicação é subsensorial não causando dor e/ou desconforto. Efeitos colaterais não são observados constituindo uma técnica de baixo custo e não invasiva. O presente estudo descreve a utilização da microcorrente (MC) como método não farmacológico no processo de reparo tecidual. Para isso foi realizada revisão da literatura, sendo consultados artigos científicos localizados nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs, portal de Periódicos CAPES e GoogleAcadêmico, publicados entre os anos de 1997 e 2014. Conclui-se que a MC é uma técnica inovadora e eficiente, podendo ser usada de forma isolada ou associada a outros métodos físicos ou a curativos visando à reparação tecidual, diminuição da inflamação, dor, podendo ser utilizada na melhoria da qualidade de vida.Descritores: Condutas Terapêuticas; Terapia por Estimulação Elétrica; Cicatrização.
Downloads
Referências
Junqueira LC, Carneiro J. Histologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004.
Isaac C, Ladeira PRS, Rego FMP, Aldunate JCB, Ferreira MC. Processo de cura das feridas: cicatrização fisiológica. Rev Med (São Paulo). 2010;89(3/4):125-31.
Nogueira RMB, Kitamura EA, Aguiar OM. Estudo clínico da reparação tecidual de feridas cutâneas de cães tratados com papaína e colagenase. Nos. Clín. 2005;8(43):25-8.
Nitz AC, Ely JB, d’Acampora AJ, David RiveroTames DR, Corrêa BP. Estudo morfométrico no processo de cicatrização de feridascutâneas em ratos, usando: Coronopudidymus e Calendula officinali. Arq Catar Med. 2006:35(4):74-9.
Mandelbaum SH, Di Santis EP, Mandelbaum MHS. Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares – Parte 1. An Bras Dermatol. 2003;78(4):393-410.
Mendonça RJ, Coutinho-Netto J. Aspectos celulares da cicatrização. An Bras Dermatol. 2009;84(3):257-62.
Oliveira BVPM, Dias RVC. Cicatrização de feridas: fases e fatores de influência. Acta Veterinaria Brasilica. 2012;6(4):267-71.
Cavalcante LC, Moreira MC, Mota OML, Turatti E, Viana FAC, Pereira SLS. Efeito da pedra umes no processo de cicatrização tecidual. Estudo histológico em dorso de ratos. Braz J Periodontol. 2012;22(1):69-73.
Mendonça FAS, Passarini Junior JR, Esquisatto MAM, Mendonça JS, Franchini CC, Santos GM. Effects of the application of Aloe vera (L.) and microcurrent on the healing of wounds surgically induced in Wistar rats. Acta Cir. Bras. 2009;24(2):150-5.
Lima ROL, Rabelo ER, Moura VMBD, Silva LAF, Tresvenzol LMF. Cicatrização de feridas cutâneas e métodos de avaliação. Revisão de literatura. Revista CFMV. 2012;56(2):53-9.
Branski RC, Rosen CA, Verdolini K, Hebda PA. Biochemical markers associated with acute vocal fold wound healing: a rabbit model. J Voice. 2005;19(2):283-9.
Freitas, RPA, Barcelos APM, Nóbrega BM, Macedo AB, Oliveira AR, Ramos AMO, Vieira WHB. Laserterapia e microcorrente na cicatrização de queimadura em ratos. Terapias associadas ou isoladas? Fisioter Pesq. 2013;20(1):24-30.
Meyerholz DK, Piester TL, Sokolich JC, Zamba GK, Light TD. Morphological parameters for assessment of burn severity in an acute burn injury rat model. Int J Exp Pathol. 2009;90(1):26-33.
Guirro E, Guirro R. Fisioterapia dermato-funcional. 3. ed. São Paulo: Manole; 2004.
Kitchen S. Bazin S. Eletroterapia de Clayton. 10. ed. Rio de Janeiro: Manole; 2004.
Rodopiano, N., Chagas, F., Silva, S.A., Santos, M.C.B. Intervenção da fisioterapia dermatofuncional com microcorrente e drenagem linfática na úlcera venosa. Anais do 10º Fórum Científico da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba; 2013; Campus I da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba-FCM/PB.
Panobianco MS, Sampaio BAL, Caetano EA, Inocenti A, Gozzo TO. Comparação da cicatrização pós-mastectomia entre mulheres portadoras e não-portadoras de diabetes mellitus. Rev Rene. 2010;11:15-22.
Becker PFL. Patologia Geral. São Paulo: Sarvier; 1997; 127-33.
Paganela JC, Ribas L.M, Santos CA, Feijó LS, Nogueira CEW, Fernandes CG. Abordagem clínica de feridas cutâneas em equinos. RPCV. 2009;104(569-572):13-18.
Balbino CA, Pereira LM, Curi R. Mecanismos envolvidos na cicatrização: uma revisão. Rev Bras. Ciênc Farm. 2005;41(1):27-51.
Kloth LC. Electrical stimulation for wound healing: a review of evidence from in vitro studies, animal experiments, and clinical trials. Int J Low Extrem Wounds. 2005;4(1);23-44.
Alves, GPB, Leal CT, Carneiro R.A, Alves R, Resende TR. Utilização da microcorrentes no processo de cicatrizaçãode feridas em paciente pós-traumático: estudo de caso. In: Congresso Brasileiro de Fisioterapia Dermato Funcional; 2012, Recife.
Korelo RIG, Valderramas S, Ternoski B, Medeiros DS, Andres LF, Adolph SMM. Aplicação da microcorrente como recurso para tratamento de úlceras venosas: um estudo piloto Rev Latino-Am. Enfermagem. 2012;20(4):(08 telas).
Migliato KF, Chiosini M A, Mendonça FAZ, Esquisatto MAM, Salgado HR, Santos GMT. Effect of Glycolic Extract of Dillenia indica L. combined with Microcurrent Stimulation on Experimental Lesions in Wistar Rats. WOUNDS 2011;23(5):111–20.
Passarini Junior JR, Gaspi FOG, Neves LMG, Esquisatto MAM, Santos GMT, Mendonça FAS. Application of Jatrophacurcas L. seed oil (Euphorbiaceae) and microcurrent on the healing of experimental wounds in Wistar rats. Acta Cir Bras.2012;27(7):441-7.
Santos VNS, Ferreira LM, Horibe EK, Duarte IS. Electric microcurrent in the restoration of the skin undergone a trichloroacetic acid peeling in rats. Acta Cir Bras. 2004;19(5):466-70.
Steffani JA, Kroth A, Lorencete NA, D’Agostini FM. Uso de microcorrentesna cicatrização tecidual Evidência (UNOESC). 2011;11(1):43-50.
Mendonça FAS, Santos GMT, Esquisatto MAM, Alves AA, Passos LE, Mendonça JS. Efeito da aplicação de microcorrentes na osteogênese após fratura. RGO, 2005;53(3):193-197.
Thakral G, LaFontaine J, Najafi B, Talal TK, Kim P, Lavery LA. Electrical stimulation to accelerate wound healing. Diabet Foot Ankle. 2013; 4: 10.3402/dfa.v4i0.22081.
Ud-Din S, Bayat A. Electrical Stimulation and Cutaneous Wound Healing: A Review of Clinical Evidence. Healthcare. 2014;2(4):445-67; doi:10.3390/healthcare2040445.