PgO - o28 Impacto do acompanhamento e motivação da prática de aleitamento materno exclusivo pelos profissionais de saúde: ensaio clínico randomizado

Autores

  • Najara Barbosa da Rocha
  • Nemre Adas Saliba
  • Cléa Adas Saliba Garbin
  • Orlando Saliba
  • Suzely Adas Saliba Moimaz

Resumo

Nesta pesquisa objetivou analisar o impacto do acompanhamento e motivação pelos profissionais de saúde da prática do aleitamento materno exclusivo (AME). Realizou-se um ensaio clínico randomizado com gestantes acompanhadas até 6 meses após nascimento dos bebês. O tamanho da amostra foi calculado, resultando 154 gestantes, divididas aleatoriamente em 2 grupos: G1 – intervenção (n=51) e G2 – controle (n=103). As gestantes foram entrevistadas nas Unidades de Saúde e todas receberam panfleto e assistiram um vídeo sobre promoção do AME. O G1 recebeu acompanhamento domiciliar aos 5 dias e 2 e 14 semanas após parto para motivação e orientação da prática do AME pelos profissionais de saúde. Os grupos foram avaliados aos 6 meses. O desfecho primário foi AME e foram verificados hábitos de sucção não-nutritivos e duração do aleitamento materno (AM). Foram calculados os riscos relativos (RR), considerando-se nível de significância de 5%. No seguimento do estudo, 124 pares mães-bebês o completaram (G1=50 e G2=74). A idade média das mães foi 26,5 (±6.1) anos; sendo que a maioria apresentava: cor da pele não branca (58,9%), morava com companheiro (79%); com até 8 anos de estudo (70,2%); eram multíparas (64,5%); não trabalhavam (54,8%) e recebiam até 2 Salários Mínimos (81,4%). Os bebês eram na maioria do sexo masculino (52,4%) e nasceram de parto cesárea (61,3%). As características socioeconômicas foram similares nos dois grupos. A taxa de AME no G1 foi 84%, 82%, 54% e 34% aos 5 dias, 2 semanas, 14 semanas e 6 meses respectivamente e no G2 foi 17,6% aos 6 meses. O G1 teve maiores taxas de AME (p=0,03, RR 1,25) e AM (p=0,02, RR 2,03) e menores taxas de hábitos (p=0,02, RR 1,44) em relação ao G2 aos 6 meses. A intervenção de acompanhamento e motivação da prática AME pelos profissionais de saúde foi eficaz, pois promoveu modificações positivas na duração e exclusividade do AM.

Descritores: Aleitamento Materno; Eficácia; Ensaio Clínico.

Agradecimentos/Apoio Financeiro: Bolsa de Pós-Doutorado/CAPES.

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Publicado

2016-08-04

Como Citar

Rocha, N. B. da, Saliba, N. A., Garbin, C. A. S., Saliba, O., & Moimaz, S. A. S. (2016). PgO - o28 Impacto do acompanhamento e motivação da prática de aleitamento materno exclusivo pelos profissionais de saúde: ensaio clínico randomizado. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 5. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/1376