GradO - o71 Carcinoma espinocelular de gengiva: aspectos relacionados ao diagnóstico e aderência ao tratamento

Resumo

O Carcinoma espinocelular (CEC) representa aproximadamente 90% dos casos de neoplasias malignas de boca e tem como principal fator etiológico o consumo crônico de tabaco e álcool. O diagnóstico do câncer pode amedrontar o paciente e o sentimento de medo pode interferir no seu tratamento. Com isso, a demora para a confirmação diagnóstica e o início do tratamento pode afetar o prognóstico da doença. Paciente do sexo masculino, feoderma, 51 anos, foi encaminhado ao Centro de Oncologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (COB/FOA-UNESP) para avaliação de lesão gengival. Durante a anamnese, o paciente relatou ser tabagista e alcoolista há mais de 35 anos. O exame fisico intrabucal revelou a presença de lesão ulcerada em genviva inferior do lado direito, próximo a região do dente 47, de bordas elevadas, sangrante e dolorosa ao toque e de evolução rápida. O exame radiográfico mostrou área radiolúcida difusa em região de ramo mandibular sugerindo invasão óssea. Foi realizada biópsia incisional e o diagnóstico histopatológico foi de CEC. A doença foi classificada em T4aN0M0 (estádio clínico IV). O paciente evoluiu com uma fratura patológica da mandíbula na região do tumor e o tratamento oncológico proposto foi a realização de cirurgia asssociada à radioterapia. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico proposto e iniciará o tratamento radioterápico, estando atualmente em acompanhamento no COB. O diagnóstico tardio do CEC de boca aumenta as taxas de morbidade. O diagnóstico precoce da doença continua sendo um desafio a ser alcançado.

Descritores: Carcinoma de Células Escamosas; Diagnóstico; Tratamento.