PgP - o38 A interrupção da infância e da adolescência: 5 anos de estudo de violência

Autores

  • Cléa Adas Saliba Garbin
  • Adrielle Mendes de Paula Gomes
  • Renata Colturato Joaquim Gatto
  • Artênio José Isper Garbin

Resumo

Este estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico da violência contra crianças e adolescentes e suas características, durante 5 anos, a partir dos registros policiais a Delegacia de Defesa da Mulher de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Trata-se de estudo transversal, descritivo, de análise documental. Foram investigados os registros policiais (n=1506) de uma delegacia especializada, no período de 2008 a 2012, e analisados os dados relativos ao perfil sóciodemográfico das vítimas e dos agressores, e à agressão: tipo; local; motivo; presença de álcool e drogas durante a agressão e relação vítima-agressor. Do total, a maioria das vítimas era do sexo feminino (67,9%), brancas (64,74%), com idade entre 11-15 anos (40,58%); os agressores eram homens (62,42%), brancos (46,75%), faixa etária 10-20 anos (18,20%). A violência física foi prevalente (57,0%), ocorrida na própria residência (60,03%) e as mães foram as principais agressoras (37,29%). A discussão e/ou desentendimento foram o maior motivo (39,91%) para justificar as agressões. Conclui-se que houve um aumento das ocorrências registradas contra crianças e adolescentes durante os 5 anos de estudo, prevalecendo a violência física contra meninas, sendo as mães a principal personagem desses atos. Isso reflete a necessidade de uma complexa discussão sobre o tema, para que haja mudanças neste quadro.

Descritores: Violência; Maus-Tratos Infantis; Adolescente.

Agradecimentos/Apoio Financeiro: CNPq e CAPES

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Publicado

2016-08-04

Como Citar

Garbin, C. A. S., Gomes, A. M. de P., Gatto, R. C. J., & Garbin, A. J. I. (2016). PgP - o38 A interrupção da infância e da adolescência: 5 anos de estudo de violência. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 5. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/1533