Estudo comparativo entre substituto ósseo heterógeno composto de origem bovina e biomaterial sintético a base de fosfato β-tricálcio para enxerto sinusal maxilar

Autores

  • Nathália Januario de Araujo
  • Maury Ponikwar de Souza
  • Paulo Sérgio Perri de Carvalho
  • Juliano Milanezi de Almeida
  • Idelmo Rangel Garcia Júnior
  • Francisley Ávila Souza

Resumo

A reabilitação protética com uso de implantes em regiões posteriores da maxila tem se tornado um desafio na prática odontológica, devido à pneumatização do seio maxilar e consequente atrofia óssea nessa região. Algumas técnicas cirúrgicas complementares são propostas, entre elas destaca-se a ossificação intrasinusal por meio da técnica de elevação da membrana sinusal e preenchimento do antro por biomateriais, associado ou não ao osso autógeno. O objetivo desse trabalho foi de avaliar o índice de sobrevida de implantes osseointegráveis instalados em maxilas submetidas previamente ao enxerto sinusal, e a remodelação óssea ocorrida após período de reparo do enxerto. Para isso foram selecionados 12 pacientes que receberam implantes osseointegráveis em maxilares submetidos à elevação de membrana sinusal seguido da aplicação de substituto ósseo heterógeno composto de origem bovina (Gen-Mix, Baumer, Mogi Mirim, Brasil) ou do biomaterial sintético a base de fosfato β-tricálcio (Cerasorb, Curasan AG, Kleinostheim, Germany). Foi avaliado o índice de sobrevida dos implantes, e o nível da remodelação óssea vertical. Radiografias panorâmicas foram digitalizadas e foi mensurada a extensão linear vertical do remanescente ósseo (T0), a extensão linear vertical após período de incorporação do enxerto ósseo (T1) e após período de osseointegração do implante (T2). O índice de sobrevida dos implantes no período de 60 a 84 meses foi de 90% nos seios maxilares preenchidos por substituto ósseo heterógeno composto de origem bovina. Nos seios preenchidos por biomaterial sintético a base de fosfato β-tricálcio o índice de sobrevida dos implantes no período de 60 a 76 meses foi de 88,8%. Foram perdidos 2 implantes, 1 implante em seio preenchido por osso heterógeno composto, e 1 implante em seio preenchido por fosfato β-tricálcio. O nível de remodelação óssea foi de 3,29 mm e 1,6 mm respectivamente para o osso heterógeno composto de origem bovina e para o biomaterial sintético a base de Fosfato β-tricálcio. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre o nível de remodelação dos dois biomateriais. Diante dos resultados obtidos conclui-se que ambos os materiais mostraram-se adequados para ossificação intrasinusal por meio da técnica de elevação da membrana sinusal.

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Publicado

2017-01-31

Como Citar

Araujo, N. J. de, Souza, M. P. de, Carvalho, P. S. P. de, Almeida, J. M. de, Garcia Júnior, I. R., & Souza, F. Ávila. (2017). Estudo comparativo entre substituto ósseo heterógeno composto de origem bovina e biomaterial sintético a base de fosfato β-tricálcio para enxerto sinusal maxilar. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 5. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2018