Concepção de estudantes de psicologia sobre diversidade sexual: reflexões sobre o fazer psicológico

Autores

  • Aline Kogima Santana Santos
  • Flávia Cristina Santiago de Oliveira
  • Larissa Cristina Melinsky dos Santos
  • Lucas Ferreira Sobrinho
  • Vivian Daniele Martins de Souza
  • Eni de Fátima Martins

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v6i5.2064

Resumo

Diante de uma sociedade marcada pela heteronormatividade, a Psicologia enquanto ciência necessita refletir e desempenhar uma práxis que possa contribuir com a inclusão da População LGBTT, a fim de não reproduzir premissas que possam corroborar com ideias heteronormativas e estereotipadas na prática psicológica que possuem poder de exclusão.  O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa acerca da concepção de estudantes de Psicologia sobre diversidade sexual, com ênfase nas Políticas Públicas. Foram entrevistados dez estudantes de Psicologia a partir do sétimo semestre de uma cidade do interior paulista. Os entrevistados participaram de forma livre e voluntária do estudo, pautados pelo termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa consistiu em entrevistas semi-estruturadas com sete questões abertas, onde os participantes analisaram situações fictícias abrangendo os temas de Políticas Públicas e atuação do Psicólogo em diversos contextos, dentro do tema de diversidade sexual. Para analisar os dados, foi utilizada a estratégia de núcleos de significação proposto por Aguiar e Ozella (2006), fundamentando-se na perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural como base epistemológica. Os resultados mostraram que em sua maioria, os acadêmicos salientam a importância de uma atuação reflexiva acerca dos temas que envolvem a diversidade sexual, buscando esclarecer e desmistificar pré-conceitos e promovendo a inclusão daqueles que sofrem discriminação. A partir das análises, conclui-se que há insciência por parte de alguns estudantes acerca de temas específicos da Diversidade Sexual, entretanto, a pesquisa apresenta direções para novos estudos ligados ao tema, sendo este relevante ao âmbito acadêmico, e fundamentalmente relevante à sociedade.

Descritores: Sexualidade; Atuação (Psicologia); Políticas Públicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Roselli-Cruz A. Homossexualidade, homofobia e a agressividade do palavrão: seu uso na educação sexual escolar. Educ rev. 2011; 39:73-85.

Perucchi J, Brandao BC, Vieira HIS. Aspectos psicossociais da homofobia intrafamiliar e saúde de jovens lésbicas e gays. Estud psicol (Natal). 2014; 19(1): 67-76.

Nascimento LCS, Pimentel A. Delegacia e defensoria pública no combate à homofobia em Belém do Pará. Barbaroi. 2011/2; 35:43-57.

Santos DK. As produções discursivas sobre a homossexualidade e a construção da homofobia: problematizações necessárias à psicologia. Rev Epos. 2013; 4(1).

Borges ZN, Passamani GR, Ohlweiler MI, Bulsing M. Percepção de professoras de ensino médio e fundamental sobre a homofobia na escola em Santa Maria (Rio Grande do Sul/Brasil). Educ rev. 2011; 39:21-38.

Junqueira RD. “A homofobia não é um problema. Aqui não há gays nem lésbicas!” Estratégias discursivas e estados de negação da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero nas escolas. Rev Psicol UNESP. 2010; 9(1):123-39.

Brito W, Maroja D, Mello L. Políticas públicas para a população LGBT no Brasil: notas sobre alcances e possibilidades. Cad Pagu. 2012; 39:403-29.

Andriani AGP, Rosa EZ. Psicologia sócio-histórica: uma tentativa de sistematização epistemológica e metodológica. In: Kahhale E. M. P. (org.) A diversidade da psicologia: uma construção teórica. São Paulo: Cortez; 2002.

Marques LP, Marques CA. Dialogando com Paulo Freire e Vygotsky sobre Educação. In: Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), 29, 2006, Caxambu/MG.

Oliveira KD, Almeida KL, Barbosa TL. Amostragens probabilística e não probabilística: técnicas e aplicações na determinação de amostras. Jerônimo Monteiro: Universidade Federal do Espirito Santo; 2012.

Aguiar WMJ, Ozella S. Núcleos de significação como instrumento para a apreensão da constituição dos sentidos. Psicol cienc prof. 2006; 26(2):222-45.

Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 010/2005. Código de ética profissional do psicólogo. Brasília, CFP, 2005.

Ferreira KCG, Chalhub A. Contribuições da psicologia em relação à adoção de crianças por casais homoafetivos: uma revisão de literatura. Rev (Inter)Subjetividades. 2010; 2(1):29-49.

Schweitzer L, Gonçalves J, Tolfo SR, Silva N. Bases epistemológicas sobre sentido(s) e significado(s) do trabalho em estudos nacionais. Rev Psicol Organ Trab. 2016; 16(1):103-16.

Brasil. Ministério da Educação: Resolução Nº 5, de 15 de março de 2011. Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 5/2011. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de março de 2011 – Seção 1 – p. 19.

Downloads

Publicado

2017-06-12

Como Citar

Santos, A. K. S., Oliveira, F. C. S. de, Santos, L. C. M. dos, Ferreira Sobrinho, L., Souza, V. D. M. de, & Martins, E. de F. (2017). Concepção de estudantes de psicologia sobre diversidade sexual: reflexões sobre o fazer psicológico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6(5). https://doi.org/10.21270/archi.v6i5.2064

Edição

Seção

Artigos