Perfil da farmacoterapia utilizada por idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v6i7.2083Resumo
Introdução: O desenvolvimento de patologias crônicas aumenta com o avançar da idade, bem como a quantidade de medicamentos administrados, desafiando o Sistema Único de Saúde quanto a polifarmácia e a farmacovigilância. Objetivos: Este estudo objetivou verificar o perfil da farmacoterapia utilizada por idosos institucionalizados, através da identificação dos medicamentos mais usados, da detecção da ocorrência da polifarmácia e do uso de medicamentos inapropriados para idosos. Material e Método: Os dados foram obtidos através de consulta aos prontuários médicos dos idosos e entrevistas semi-estruturadas às enfermeiras responsáveis de seis Instituições de Longa Permanência para Idosos de quatro municípios do estado de São Paulo. A polifarmácia foi definida através do uso concomitante de cinco ou mais medicamentos diários, sendo que os medicamentos potencialmente inapropriados para idosos foram identificados através dos critérios de Beers. Também foi verificado os fatores associados ao uso de MPI, por meio de análise multivariada. Resultados: Participaram do estudo 261 idosos com idade ≥ 60 anos, sendo que 73,9% foram acometidos pela polifarmácia. Foram prescritos 1452 medicamentos, sendo a maioria (36%) com ação sobre o Sistema Nervoso Central. 50,6% consumiam pelo menos um MPI diariamente, sendo o diazepam (8,4%) e a fluoxetina (7,7%) os mais utilizados. Conclusão: Desta forma, a polifarmácia se faz presente entre a maioria dos idosos, havendo uma prevalência de antipsicóticos e antidepressivos. Quanto ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados verificou-se uma alta prevalência, sendo a polifarmácia e a depressão os fatores associados a sua utilização.Descritores: Uso Indevido de Medicamentos sob Prescrição; Idoso; Prescrição Inadequada.
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