Implantes instalados em pacientes com fissura labiopalatina. Revisão sistemática

Resumo

Existem questionamentos se pacientes com fissuras labiopalatinas operados apresentam maior taxa de falhas de implantes quando comparado a pacientes sem fissuras. Portanto, o objetivo deste projeto foi realizar uma revisão sistemática a fim de se estudar o número de perdas de implantes e perda óssea marginal relacionadas as reabilitações orais. As bases de dados Embase, Pubmed, Web of Science, Scopus, Dentistry and Oral Science Source foram examinadas utilizando os  descritores: “(cleft lip OR cleft palate) AND (dental implants OR dental implantation)”. O software  Sigma Plot 12.0 foi utilizado para as análises quantitativas. O nível de significância considerado será de p<0.05. Em uma análise de 10 estudos foram identificados que 181 implantes foram instalados em pacientes com maxilas fissuradas, deste total 17 falharam (9,39%), sendo o período médio de acompanhamento de 4,8 anos. A média de perda óssea considerada em dois estudos foi de 0,25 mm em um ano de acompanhamento. O teste Chi-quadrado foi de 0.343, df 1 (p0,558). Assim, como ao realizar um test Z não foi identificado diferença significativa na proporção de indivíduos com falha de implantes em maxilas fissuradas, quando comparado a indivíduos que receberam implantes em regiões de maxila não fissurada (Z0,550 p0,582). Com base nos resultados apresentados pôde-se concluir que a reabilitação com implantes osseointegráveis em regiões de maxilas fissuradas é uma técnica previsível.

Descritores: Implantes Dentários; Anormalidades Congênitas; Revisão.