Correlação entre as formas dos arcos dentários e os tipos faciais

Resumo

O presente trabalho objetivou analisar a possível correlação entre a morfologia do arco dentário inferior e o padrão esquelético facial, em uma amostra de indivíduos brasileiros com oclusão normal natural. A amostra foi constituída de modelos de gesso e telerradiografias em norma lateral de 57 pacientes (33 gênero feminino e 24 do gênero masculino), com faixa etária entre 13 a 20 anos, nos quais a forma de arco foi avaliada utilizando um diagrama de curvas preconizado por Triviño, Siqueira e Scanavini e para avaliar o padrão facial as seguintes medidas cefalométricas: SN. GoGn, FMA e Índice Vert de Ricketts. O padrão facial predominante foi o braquifacial (54%), seguido do mesofacial (37%) e do dolicofacial (9%). A forma de arco A foi a predominante nos indivíduos mesofaciais (28,6%) e no padrão dolicofacial (40%). No grupo do braquifaciais a forma predominante foi a forma B (25,8%). Quanto às formas menos incidentes observou-se que a formas G mostraram-se em 3,2% dos indivíduos braquifaciais e 0% no grupo dolicofacial e mesofacial. Não houve diferenças estatísticas entre os gêneros. No grupo mesofacial a forma do arco predominante foi A, seguida da forma B. A forma A ainda foi predominante para os dolicofaciais. Não se observou correlação entre o padrão facial e os tipos de forma de arco. Ambos os gêneros mostraram uma prevalência de forma de arco A, não havendo diferenças estatísticas entre eles.

Descritores: Ortodontia; Má Oclusão; Diagnóstico.