Aspectos socioeconômicos de dependentes químicos internados para desintoxicação
Resumo
A dependência química representa um dos maiores problemas de saúde pública no mundo moderno. Parcela significativa da população passou a ter acesso a esses agentes. O presente estudo avaliou as condições socioeconômicas de dependentes químicos em regime de internação para desintoxicação. Para tanto, 200 pacientes, de ambos os sexos, com idade de 18 a 56 anos, que iniciaram terapia de desintoxicação foram submetidos à avaliação das condições socioeconômicas por meio de questionário desenvolvido por assistente social. Avaliavam-se fatores como renda familiar, instrução formal, estrutura familiar e perfil de consumo de drogas. Os dados coletados foram transferidos para tabelas de contingenciamento e analisados por regressão logística. Os resultados mostraram 29 esquemas de consumo de drogas, destacando-se o álcool, cocaína, crack e o tabaco. Para o sexo feminino, observou-se que o perfil de consumo de drogas estava correlacionado à idade dos dependentes, predominando o álcool entre pacientes com mais de 40 anos. O crack e o álcool foram os agentes mais consumidos por aqueles com renda igual ou inferior 3 salários. Apenas 2% dos dependentes apresentaram terceiro grau completo e 58% apresentavam instrução básica. A grande maioria dos pacientes analisados relatou dependência a drogas igual ou superior a 5 anos, sendo que o risco de adolescentes que consumiram álcool virem a desenvolver dependência é significativamente mais elevado. Concluiu-se que perfil de consumo desses agentes depende de fatores socioeconômicos, como renda e instrução, mas os efeitos da dependência não foram influenciados por esses fatores.Downloads
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Publicado
2013-10-28
Como Citar
Silva, L., Santos, F., Ferreira, L., Dias, N., Okamoto, A., Ranieri, R., Schweitzer, C., & Gaetti-Jardim Jr, E. (2013). Aspectos socioeconômicos de dependentes químicos internados para desintoxicação. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/225