Atendimento psicológico a crianças com suspeita de TDAH em uma unidade básica de saúde

Autores

  • Maria Lúcia Mantovanelli Ortolan

Resumo

De acordo com o fluxograma de encaminhamentos do município de Londrina-PR, crianças com suspeita de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são avaliadas em terceira instância (primeira escola e segundo médico) pelo psicólogo da unidade básica de saúde, se houver. Apresenta-se uma intervenção avaliativa feita com seis crianças encaminhadas suspeitas de TDAH, em apenas um mês. A avaliação psicológica consistiu em três momentos: grupo de escuta com os pais, atendimento individual infantil e grupo recreativo com as crianças. O espaço de escuta dos pais centralizou-se nos problemas de comportamento dos filhos, mas não só, teve-se espaço para discutir a parentalidade, compartilhar saberes e aliviar as angústias. Os atendimentos infantis resultaram em tempos nos quais as crianças não eram identificadas com seus sintomas, podiam ser outra coisa que não “o arteiro”. Já nas atividades em grupo, resultou-se que as crianças ali avaliadas tinham competências e habilidades para o convívio social, sendo que algumas contrapostas ao diagnóstico de TDAH, como atenção e respeito às normas, paciência, solidariedade, inclusão, cooperação e resolução de conflitos. Atualmente há um movimento de patologização dos fenômenos sociais, consequenciando na medicalização da vida. Como estratégias de enfrentamento a essa realidade pós moderna capitalística, pensa-se no trabalho em equipe, com intersetorialidade, considerando aspectos culturais e sociais que coexistem no diagnóstico de TDAH, para que não se reproduza uma patologização da infância.

Descritores: Transtorno da Falta de Atenção com Hiperatividade; Atenção Primária de Saúde; Psicologia.

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Publicado

2017-11-26

Como Citar

Ortolan, M. L. M. (2017). Atendimento psicológico a crianças com suspeita de TDAH em uma unidade básica de saúde. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2309