Consciência e “com ciência” animal
Resumo
Desde meados do século XX, profundas modificações na interação entre humanos e não-humanos vêm se desenvolvendo a partir da ideia de que as demais espécies animais apresentariam algum grau de consciência, reforçando as políticas de bem-estar animal. Entretanto muitas dúvidas persistem no tocante à existência dessa consciência. Assim, o objetivo do presente estudo foi apresentar os avanços mais relevantes na compreensão da consciência animal e como isso poderia afetar a pecuária e as relações com os animais de companhia. Foram consultadas as bases SciELO, BIREME, LILACS, MEDLINE e PubMed, selecionando-se 74 artigos publicados entre 1985 e 2017. Observou-se que a grande maioria dos estudos é fragmentária e limitada por excessivas comparações com humanos, dificultando a observação de peculiaridades, como ocorre com aves e mamíferos não-primatas. Os estudos mostraram que existem evidências comportamentais e neurofisiológicas complexas que apoiam a existência de graus variados de consciência pessoal e grupal, tanto entre mamíferos e aves, mas também entre os cefalópodes. Características complexas como as habilidades vocais dos mamíferos e aves, sua capacidade de aprendizagem, a existência de “cultura” de grupo entre aves, primatas e canídeos, capacidade de utilização de instrumentos, bem como a extensão da memória e aspectos de neuroanatomia embasam o conceito de que mesmo se expressando de forma peculiar a cada espécie ou grupo, a consciência extrapola os limites do gênero Homoe se apresenta de forma variada.Descritores: consciência, neuroanatomia, aprendizagem.
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Publicado
2017-11-26
Como Citar
Marchesini, P. M., Gaetti-Jardim Júnior, E., Cunha-Correia, A. S., & Schweitzer, C. M. (2017). Consciência e “com ciência” animal. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2321
Edição
Seção
Conteúdo