Experiências transcendentes e a crise da morte

Autores

  • Elerson Gaetti-Jardim Júnior
  • Julia Moro Destro
  • Christiane Marie Schweitzer

Resumo

Para muitos filósofos da antiguidade, a morte dá sentido à vida e vem cativando antropólogos. Contudo, a finitude da vida, ora encarada como patológica, ora como fruto natural da existência, desafia o desejo mais profundo de preservação do “eu”. Esse estudo busca apresentar as visões de diferentes correntes da ciência sobre os fenômenos de “quase-morte”, e experiências que escapam ao senso comum no momento da morte, dando igual relevância as evidências apresentadas por aqueles que alegam que isso nada mais é do que produto do organismo em agonia, quanto por profissionais que defendem serem resultado da existência de uma dicotomia estrutural entre o corpo e a consciência, com sobrevivência dessa última após a morte. Foram consultadas as bases SciELO, BIREME, LILACS, MEDLINE e PubMed, selecionando-se 17 artigos publicados entre 2000 e 2017. A literatura relata que a despersonalização e divisão da personalidade, visões transcendentais em pacientes terminais são bastante comuns, variando de 4 a 20% dos pacientes internados. Embora exista semelhança nos relatos coletados, observa-se que os mesmos apresentam aspectos associados à cultura e religiosidade do indivíduo, mas apresentando o mesmo significado geral. Neurofisiologistas buscam correlacionar os fenômenos narrados como parte de mecanismos defensivos do sistema nervoso, ativados pela hipóxia. Contra essa visão tem-se que a mesma não explica a distribuição dos casos e, tampouco, os detalhes e peculiaridades de alguns casos, onde além de aspectos visuais, o paciente relata conhecimentos até então ignorados.

Descritores: Serviço Hospitalar de Enfermagem; Ressuscitação; Morte Encefálica.

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Publicado

2017-11-26

Como Citar

Gaetti-Jardim Júnior, E., Destro, J. M., & Schweitzer, C. M. (2017). Experiências transcendentes e a crise da morte. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2331