OCCl o16 - Bichectomia: técnica cirúrgica e considerações anatômicas

Autores

  • LCC Cervantes
  • LT Colombo
  • S Ferreira
  • ALS Fabris
  • IR Garcia-Junior

Resumo

Bichectomia é um procedimento cirúrgico com a finalidade de remoção do corpo adiposo de Bichat, envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, situado externamente ao músculo bucinador e possui quatro extensões: oral, pterigoidal, temporal superficial e profunda. O objetivo desse estudo é a explanação da técnica cirúrgica, abrangendo as considerações anatômicas, indicações e possíveis complicações relacionadas ao procedimento. As indicações para a realização da Bichectomia envolvem razões funcionais e estéticas, como apresentar linha de mordedura na mucosa jugal ou estar insatisfeito com sua aparência. A técnica consiste em uma pequena incisão, de aproximadamente 1,5cm na mucosa jugal, tendo como reparo anatômico o ducto da glândula parótida. É seguida pela divulsão por planos anatômicos, a qual deve ser realizada delicadamente, tendo em vista a presença de estruturas nobres, como ramos da artéria facial, maxilar e do nervo facial na região.  Dessa forma, obtém-se o acesso ao corpo adiposo de Bichat, o qual é removido delicadamente com a utilização de pinças hemostáticas. Quando um pedículo de tecido conjuntivo é evidenciado, realiza-se a divulsão para que o corpo adiposo seja removido. Ele apresenta comumente 9,6 ml no seu volume total, e deve ser removido em média 2/3 desse volume. Complicações raras podem ocorrer, como lesões do ducto da glândula parótida, do ramo bucal do nervo facial, que se manifestam como sialocele ou fístula salivar.  O resultado do procedimento pode ser visto mais evidentemente após 4 a 6 meses do procedimento, devido à regressão total do edema.

Descritores: Corpo Adiposo; Anatomia; Cirurgia Bucal.

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Publicado

2017-12-30

Como Citar

Cervantes, L., Colombo, L., Ferreira, S., Fabris, A., & Garcia-Junior, I. (2017). OCCl o16 - Bichectomia: técnica cirúrgica e considerações anatômicas. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2510