Patógenos oportunistas na saliva de dependentes químicos: necessidade de um protocolo de descontaminação?
Resumo
Nas últimas décadas, observou-se um aumento significativo no consumo de drogas lícitas e ilícitas e esses compostos são capazes de induzir dependência. A exacerbação desse quadro tem sido observada principalmente em mulheres. A dependência de drogas aumenta a susceptibilidade a vários agentes infecciosos, especialmente microrganismos oportunistas que comumentemente são transmitidos pela saliva. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de bactérias oportunistas e leveduras na saliva de pacientes com dependência química e pacientes não-dependentes com diferentes condições periodontais e socioeconômicas. O estudo incluiu 100 pacientes dependentes e 200 indivíduos sem dependência. Exames clínicos foram realizados e amostras de saliva foram transferidas para solução salina e a presença da família Enterobacteriaceae, gêneros Enterococcus e Pseudomonas, bem como fungos do género Candida foi avaliada por PCR. O teste de Qui-quadrado foi utilizado para avaliar os resultados quando três ou mais categorias foram envolvidas. Frequências mais elevadas de detecção de espécies do gênero Candida, família Enterobacteriaceae, Enterococcus faecalis, Pseudomonas sp. e P. aeruginosa foram observadas em pacientes dependentes, principalmente aqueles que mostravam focos de infecção na boca, Verificou-se que nesses pacientes dependentes, a família Enterobacteriaceae mostrou correlação associados com perda óssea apenas em pacientes com a dependência de drogas, sugerindo a necessidade de novos protocolos de descontaminação, uma vez que o estabelecimento desses patógenos tem relação com doenças variadas.Downloads
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Publicado
2013-10-28
Como Citar
Nunes, G., Oliveira, P., Okamoto, A., Schweitzer, C., Ranieri, R., & Gaetti-Jardim Jr, E. (2013). Patógenos oportunistas na saliva de dependentes químicos: necessidade de um protocolo de descontaminação?. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/253