Sobrecarga em familiares de pacientes esquizofrênicos

Autores

  • KA Bueno Universidade Paulista/UNIP
  • GBAS Cardozo Universidade Paulista/UNIP
  • SH Costa Universidade Paulista/UNIP
  • G Sedlacek Universidade Paulista/UNIP

Resumo

A esquizofrenia é um distúrbio mental caracterizado por distorções do pensamento e da percepção, afeto inadequado e alterações comportamentais. Geralmente é desenvolvida por causas multifatoriais (biológicas, ambientais, sociais e genéticas). Após a Reforma Psiquiátrica, os familiares ganharam papéis importantes no cuidado destes pacientes sem a devida assistência, o que pode gerar sobrecarga. A sobrecarga familiar designa o impacto provocado nos familiares pela presença de um paciente em sofrimento mental no ambiente familiar. A sobrecarga objetiva consiste nas alterações sociais e profissionais do cuidador decorrentes do auxílio ao paciente nas tarefas diárias. A sobrecarga subjetiva é caracterizada por alterações emocionais em virtude da responsabilidade dedicada ao mesmo. O objetivo deste trabalho foi de, através de uma pesquisa de campo quantitativa, avaliar as sobrecargas objetiva e subjetiva em familiares de pacientes esquizofrênicos. Foram entrevistados 15 familiares, sendo esses os principais cuidadores, utilizando-se o Questionário sociodemográfico e a Escala FBIS–BR - Escala de avaliação da sobrecarga dos familiares. Os resultados mostraram índice elevado de ambas as sobrecargas nos cuidadores. O tempo de doença e de dedicação ao paciente, a preocupação com o futuro deste, a falta de informação sobre a patologia e o impacto nas rotinas diárias do cuidador foram variáveis importantes. Conclui-se que ter um paciente esquizofrênico na família gera sobrecarga e que, portanto, a saúde mental do cuidador necessita ser foco de intervenção a fim de minimizar o sofrimento emocional associado a esta situação.

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Publicado

2013-10-28

Como Citar

Bueno, K., Cardozo, G., Costa, S., & Sedlacek, G. (2013). Sobrecarga em familiares de pacientes esquizofrênicos. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 2(4-Supp.2). Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/275