Lesões traumáticas em tecidos moles: abrasão, contusão e laceração
Resumo
A face abriga estruturas ósseas complexas que estão diretamente relacionadas com vários órgãos como os da respiração, visão e audição. A cobertura labial que protege a dentição é a razão para o grande número de traumatismos ao lábio, à gengiva e à mucosa oral que se não forem reparados de maneira adequada, podem evoluir para importantes sequelas estéticas e funcionais para o paciente. As consequências desses traumas aos tecidos moles podem ser: abrasão, laceração, contusão ou perda de tecido. As abrasões são caracterizadas por forças de cisalhamento que removem a camada epitelial superficial, necessitando apenas de uma limpeza adequada do local com soro fisiológico para eliminar fragmentos atípicos ou restos de asfalto. Quando o impacto é paralelo ao lábio e a camada superficial da pele ou mucosa é descolada, os corpos estranhos se adentram na região e caracterizam uma pigmentação chamada de tatuagem de asfalto. Já as lacerações correspondem aos danos cortantes ou perfurantes da estrutura epitelial, possuindo assim grandes extensões e profundidades. Além da limpeza da região, é importante que a parte lacerada seja reposicionada novamente à sua condição de origem por meio de suturas internas e externas em um número mínimo possível para o favorecimento da cicatrização. Quando a direção do impacto é frontal, as bordas incisais dos dentes podem comprimir a região labial com extrema força e causam um corte de grande extensão e profundidade. Caso o impacto seja paralelo ao eixo dos incisivos, as suas bordas podem adentrar em toda a margem labial, ocorrendo a quebra desses elementos e possivelmente o englobamento dos estilhaços nas feridas. Dessa forma o profissional deve sempre explorar a lesão e realizar uma adequada higienização do local, para que todos os fragmentos dentais sejam eliminados. As contusões são caracterizadas por traumas que levam ao edema e hemorragia subcutânea da região afetada. É somente orientado ao paciente a correta higienização do local e administração de anti-inflamatórios e analgésicos bem como compressas quentes na região edemaciada, seguido de proservação. O protocolo de tratamento dos traumatismos deve ser sempre seguido, pois garante o sucesso da reposição do elemento dentário e do reparo do tecido mole quando este envolvido. Para diagnosticar qualquer uma das lesões apresentadas, é extremamente importante que o profissional mantenha sempre um quadro higiênico da região com uso de soro fisiológico ou solução asséptica realizando o debridamento das lesões a fim de evitar contaminação, usar de exames radiográficos para verificar a deposição de corpos estranhos, fazer o correto reposicionamento e sutura dos tecidos deslocados e dar sequência ao tratamento dos traumas dentoalveolares.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2018-01-03
Como Citar
Oliveira, L. de C., Valle, L. S. E. M. B., Silva, M. A. da, Couto, J. N., Figueiredo, C. M. B. F., Machado, T., Bassi, A. P. F., & Ponzoni, D. (2018). Lesões traumáticas em tecidos moles: abrasão, contusão e laceração. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2785
Edição
Seção
Conteúdo