Cimento de ionômero de vidro é melhor que resina composta para restaurações classe II em molares decíduos? Uma revisão sistemática e metanálise
Resumo
O presente estudo comparou o desempenho clínico do Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) e da Resina Composta (RC) em restaurações Classe II em dentes decíduos. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMeb, Scopus, Web of Science, LILACS-BBO, Biblioteca Cochrane, Clinical Trials e OpenGrey, independentemente de data ou idioma, de acordo com as diretrizes PRISMA, buscando estudos clínicos randomizados controlados. Dez estudos foram incluídos na síntese qualitativa e nove estudos, nas 10 meta-análises realizadas. Seis trabalhos foram classificados como tendo baixo risco de viés e 4, de risco indefinido. A heterogeneidade dos estudos variou entre nula e alta (0% a 78%). O CIV e a RC apresentaram padrões de falhas semelhantes (RD -0.03 [-0.10, 0.04]; p=0.35, I2=54%), independentemente do tempo de acompanhamento dos pacientes, tipo de CIV (convencional (CIV-C) ou modificado por resina (CIV-MR)) ou tipo de isolamento (absoluto ou relativo). O CIV exibiu valores significativamente menores de lesões de cárie secundárias em relação à RC (RD 0.07 [0.02, 0.12], p=0.007, I2=0%), tendo desempenho semelhante ao da RC quanto ao efeito geral, descoloração marginal, adaptação marginal e forma anatômica (p<0,05). A superioridade do CIV foi mantida quando o CIV-MR e o isolamento absoluto foram analisados separadamente. Conclui-se que ambos os materiais apresentaram desempenho clínico similar, exceto para lesões de cárie secundária, para as quais o CIV apresentou melhor desempenho, em especial o CIV-MR em restaurações realizadas sob isolamento absoluto.Descritores: Dente Decíduo; Cimento de Ionômero de Vidro; Resinas Compostas.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2018-01-29
Como Citar
Sampaio, C., Dias, A., Magno, M., Delbem, A., Cunha, R., Maia, L., & Pessan, J. (2018). Cimento de ionômero de vidro é melhor que resina composta para restaurações classe II em molares decíduos? Uma revisão sistemática e metanálise. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2954