A realidade de uma prática autocomplacente- relato de um caso de automedicação .

Autores

  • Cléa Adas Saliba Garbin
  • Julia Arruda Batista
  • Artênio José Saliba Garbin
  • Tânia Adas Saliba Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v8i1.3152

Resumo

Atualmente a automedicação é considerada um fenômeno crescente na população brasileira, que busca na representação dos fármacos, alívios instantâneos de dores e desconfortos autopercebidos, sem a prescrição e supervisão de um profissional habilitado. Neste sentido, com a facilidade do acesso na obtenção de medicamentos, associada a desenfreada difusão midiática dessas substâncias, com vinculação descabida as propriedades farmacodinâmicas, influenciam à população condicionada à dor, a obtenção e uso imprudente desses medicamentos. O objetivo do estudo foi relatar um caso de automedicação, e por meio dessa representação, elucidar os principais fatores associados ao uso irracional dos fármacos. Verificou por meio do presente estudo que, a criação de políticas públicas e adoção de estratégias educativas, são essenciais, controlando o uso imoderado dos fármacos, principalmente dos antibióticos, reduzindo as doenças infecciosas, além de permitir orientar os indivíduos quanto o prejuízo dessa prática autoinfligida. Por meio do estudo, ficou evidente a influência socioeducacional e cultural estão intrinsicamente ligados à prática da automedicação e do uso descomedido dos fármacos.

Descritores: Automedicação; Medicamentos sem Prescrição; Política Pública.

Referências

  1. Vilarino JF, Soares IC, Silveira CM, Rödel APP, Bortoli R, Leos RR. Perfil da automedicação em município do Sul do Brasil. Rev Saude Publica. 1998;32(1):43-9.
  2. Kasulkar AA, Gupta M. Self medication practices among medical students of a Private Institute. Indian J Pharm Sci. 2015;77(2):178-82.
  3. World Health Organization. Guidelines for the regulatory assessment of Medicinal Products for use in self-medication. In., vol. WHO/EDM/QSM/00.1. Geneva, Switzerland: WHO; 2000.
  4. Andrade, DE. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas; 2014.
  5. Arrais PSD, Brito LL, Barreto ML, Coelho HLL. Prevalência e fatores determinantes do consumo de medicamentos no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad Saúde Pública. 2005; 21(6):1737-46.
  6. Ocan M, Obuku EA, Bwanga F, Akena D, Richard S, Ogwal-Okeng J et al. Household antimicrobial self-medication: a systematic review and meta-analysis of the burden, risk factors and outcomes in developing countries. BMC Public Health. 2015;15:742.
  7. Carrera-Lasfuentes P, Aguilar-Palacio I, Roldán EC, Fumanal SM, Hernandez MJR. Consumo de medicamentos en población adulta: influencia del autoconsumo. Aten Primaria. 2013;45(10):528-35.
  8. García Milián AJ, Alonso Carbonell L, López Puig P, Yera Alós I, Ruiz Salvador AK, Blanco Hernández N. Consumo de medicamentos referidos por la población adulta de Cuba, año 2007. Rev Cubana Med Gen Integr. 2009;25(4):5-16.
  9. Costa KS, Barros MBA, Francisco PMSB, César CLG, Goldbaum M, Carandina L. Utilização de medicamentos e fatores associados: um estudo de base populacional no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(4):649-58. 
  10. Sans S, Paluzie G, Puig T, Balañá L, Balaguer-Vintró I. Prevalencia del consumo de medicamentos en la población adulta de Cataluña. Gac Sanit. 2002;16(2):121-30.
  11. Perrone AMF, Molina MC, Bertonha MEAM, Nativio J, Barros MBA. Uso de medicamentos. In: Barros MBA, César CLG, Carandina L, Goldbaum M, organizadores. As dimensões da saúde: inquérito populacional em Campinas, SP. São Paulo: Aderaldo & Rothschild; 2008.p.218-29.
  12. Beckerleg S, Lewando-Hundt G, Eddama M, el Alem A, Shawa R, Abed Y. Purchasing a quick fix from private pharmacies in the Gaza strip. Soc Sci Med.1999;49(11):1489-1500.   
  13. Danhier A, Brieva J, Villegas G, Yates T, Pérez H, Boggiano G. Utilización de medicamentos en una población urbana. Rev Med Chil. 1991;119:334-7.   
  14. López R, Kroeger A. Intervenciones educativas populares contra el uso inadequado de medicamentos. Bol Oficina Saint. Panamer. 1994;116:135-44.     
  15. Dandolini BW, Batista LB, Souza LHF, Galato D, Piovezan AP. Uso racional de antibióticos: uma experiência para educação em saúde com escolares. Ciênc saúde coletiva. 2012;17(5):1323-31. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-04-22

Como Citar

Garbin, C. A. S., Batista, J. A., Garbin, A. J. S., & Saliba, T. A. (2019). A realidade de uma prática autocomplacente- relato de um caso de automedicação . ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(1). https://doi.org/10.21270/archi.v8i1.3152

Edição

Seção

Relatos de Caso