Avaliação do efeito da terapia manual no tratamento da dor miofascial em pacientes com DTM

Resumo

Através de uma revisão sistemática de literatura, objetivou-se avaliar a efetividade da terapia manual no tratamento da dor miofascial relacionada à disfunção temporomandibular (DTM). Foi realizada uma busca eletrônica de ensaios clínicos controlados e randomizados, nas bases Cochrane Library, MEDLINE, Web of Science, Scopus, LILACS e Scielo, utilizando seguintes descritores: Temporomandibular Joint Disorders", "Craniomandibular Disorders", "Myofascial Pain Syndromes", "Myofascial Pain", "Exercise Therapy", "Myofunctional Therapy", "Physical Therapy Modalities". Para serem incluídos, os estudos deveriam apresentar pacientes com diagnóstico de dor miofascial através do questionário Research Diagnostic Criteria for TMD (RDC/TMD), e apresentarem a terapia manual como intervenção. A partir de 143 títulos encontrados, 7 artigos foram incluídos neste estudo. Um total de 369 indivíduos foram avaliados. Desses participantes, 213 receberam apenas terapia manual ou terapia manual associada com aconselhamentos. Em geral, a terapia física manual foi efetiva na redução da percepção da dor. No entanto, a sua efetividade foi superior quando estava associada com aconselhamentos. Em conclusão, a terapia física manual, quer seja sozinha ou associada com aconselhamentos educacionais, é efetiva no tratamento da dor miofascial relacionada à DTM. Desta forma, por tratar-se de uma terapia de baixo custo, não invasiva, e reversível, esta modalidade de tratamento deve ser considerada como uma das terapias na redução da dor de origem muscular relacionada à DTM.

Descritores: Transtornos da Articulação Temporomandibular; Dor Miofascial; Terapia por Exercício.

Referências

1. Garcia JD, Oliveira AAC. A Fisioterapia nos sinais e Sintomas da Disfunção da Articulação Temporomandibular (ATM). Hórus. 2011; 6(1):111-22.
2. Porporatti AL, Costa YM, Barbosa JS, Bonjardin LR, Conti PCR. Acupuncture therapeutic protocols for the management of temporomandibular disorders. Rev Dor. 2015; 16(1):53-9.