Recuperação estético-funcional de DVO alterada com PPRs não convencionais: relato de caso clínico

Autores

  • Lima FHT, Sinhorini TCS, Cunha CO, Butgnon LE, Tavora FFF

Resumo

A dimensão vertical de oclusão (DVO), definida como a relação entre a maxila e mandíbula quando os dentes posteriores estão em contato, permite ao indivíduo uma aparência facial natural, pronúncia clara, conforto e eficiência mastigatória. Quando essa dimensão apresenta-se diminuída, há comprometimento estético e funcional, com importantes alterações nos aspectos faciais do indivíduo. Quando aumentada, , a face apresenta aspecto alongada, dificuldade fonética e desconforto nos músculos mastigatórios. Técnicas têm sido sugeridas para a determinação da correta dimensão vertical. Contudo, parece coerente que a união de métodos seja capaz de produzir uma DVO inicial mais adequada para diagnóstico, antecedendo o tratamento reabilitador. No caso clínico relatado, paciente portador de desgastes dentais generalizados e ausências dentárias, compareceu à Clínica Integrada da Universidade Sagrado Coração (USC) relatando insatisfação com a situação da sua cavidade oral. Durante o exame físico, intra e extra oral, observou-se alterações consideráveis na dimensão vertical, sugestivas de DVO reduzida, ausência dentária e colapso do terço inferior da face. A alteração no mecanismo de proteção mútua resultou em sérios prejuízos, como o colapso oclusal, levando a uma sobrecarga das forças mastigatórias nos dentes anteriores provocando reações como desgaste da estrutura dentária. Através da associação de métodos diagnósticos, incluindo um método métrico, um estético e a confecção de 2 Jigs estéticos/fonéticos, uma nova DVO foi estabelecida como ponto inicial para o tratamento reabilitador, que resultou com a confecção de duas Próteses Parciais Removíveis (PPRs) de Recobrimento não Convencionais (Overlays) confeccionadas com estrutura metálica e dentes de acrílico. Essas permitem ao paciente experimentar a nova DVO por um período de tempo maior e com maior conforto do que os oferecidos por dispositivos convencionalmente destinados a essa função, tais como PPRs Overlays acrílicas com fios de aço. Assim, o paciente  tem um logo tempo de adaptação a uma nova condição oclusal, visando uma transferência gradativa para o tratamento reabilitador definitivo, definida em conjunto pelo cirurgião dentista e o paciente, cabendo a eles julgar a eficiência, estética e a satisfação produzidas pela nova dimensão.

Descritores: Dimensão Vertical; Prótese Parcial Removível; Estética Dental.

Referências:

  1. Souza AEJ, Silva TE, Leles RC. Prótese Parcial Removivel Overlay: Fundamentos clínicos e relatos de caso. Robrac. 2009; 18(47):41-48.
  2. Silva SVCM, Carreiro PFA, Bonan FR, Carlo LH, Batista DUA. Reabilitação oclusal com prótese parcial removivel tipo 'overlay' - relato de caso. R bras ci Saúde. 2011; 15(4):455-60.
  3. Pizzato M. Importância da placa reposicionadora oclusal (overlay) no planejamento das reabilitações orais [monografia]. Curitiba: Ilapeo; 2010.

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Publicado

2018-10-11

Como Citar

Cunha CO, Butgnon LE, Tavora FFF, L. F. S. T. (2018). Recuperação estético-funcional de DVO alterada com PPRs não convencionais: relato de caso clínico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3366