Sobrevivência de implantes dentários instalados em pacientes HIV positivo: revisão sistemática e meta-análise
Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar a sobrevivência, taxas de sucesso, perda óssea marginal e complicações de implantes instalados em pacientes HIV positivo. Esta revisão foi realizada com conceito PRISMA e esta registrada no PROSPERO (CRD42017059318). As buscas foram realizadas nas bases de dados Pubmed/MEDLINE, Scopus and The Cochrane Library. A pergunta PICO foi: “Implantes dentários instalados em pacientes HIV-positivo tem maior risco de falha, perda óssea marginal e complicações?”. Após aplicação dos critérios de elegibilidade foram selecionados 6 estudos para análise qualitativa e quantitativa. No total 821 implantes foram instalados em 304 pacientes: 493 implantes em 169 pacientes HIV-positivos e 328 implantes em 135 pacientes HIV-negativos. A idade média dos pacientes foi de 51,6 anos e o período médio de acompanhamento foi de 47,9 meses (variação de 6 a 120 meses). Os resultados mostraram que a taxa de sucesso dos implantes foi de 90,37% e a taxa de sobrevivência de 94,53%. Com relação a perda óssea marginal um estudo avaliou apenas pacientes HIV-positivo demonstrando média de perda óssea de 1,19mm e dois estudos não encontraram diferença significativa entre pacientes HIV-positivo e negativo. Dois estudos relataram periimplantite (n 35), mucosite (n 6) e falha protética (n 2) como as complicações mais prevalentes. Dessa forma podemos concluir que não foram encontradas diferenças significativas na sobrevivência de implantes comparando pacientes HIV-positivo e negativo o que pode estar associado a terapia antiretroviral (HAART) relatada nos estudos que aumenta o número de células T CD4 + e, consequentemente, reduz a imunossupressão desses pacientes. E a perda óssea marginal foi abaixo dos 1,2 mm considerados aceitáveis na literatura.
Descritores: Implantes Dentários; HIV; Revisão Sistemática.
Referências
- Jarrin I, Pantazis N, Dalmau J, Phillips AN, Olson A, Mussini C et al. Does rapid HIV disease progres-sion prior to combination antiretroviral ther-apy hinder optimal CD4+ T-cell recovery once HIV-1 suppression is achieved? AIDS. 2015; 29(17):2323–33.