Avaliação de insucesso de implantes dentários em pacientes portadores de Diabetes Melitus Tipo II

Autores

  • Lavínia Potter Miranda Alencar, Karina de Andrade Lima, Camila Agra Souza, Rafael Amorim Cavalcanti Siqueira, Renata Cimões

Resumo

Objetivo: Avaliar a taxa de sucesso de implantes dentários em portadores de Diabetes Melitus tipo II com diferentes graus de controle glicêmico, por meio de um estudo tipo ensaio clínico randomizado duplo cego controlado. Metodologia: A amostra foi composta por 20 pacientes triados na clínica de pós-graduação da UFPE, 10 com hemoglobina glicada abaixo de 6% (controle) e 10 acima de 6% (teste). Dentre os critérios de inclusão estavam o diagnóstico de diabetes mellitus tipo II há pelo menos 1 ano; níveis de HbA1c acima de 6%; pelo menos 2 dentes ausentes na região posterior da mandíbula e locais para colocação dos implantes com no mínimo 4 meses de cicatrização pós exodontia. O mesmo se aplicou ao grupo controle, exceto os níveis de HbA1c que deveriam estar menores que 6%. Os critérios de exclusão locais foram: infecções orais não tratadas, cirurgia óssea nos últimos 6 meses antes da cirurgia; locais de exodontia não cicatrizados, necessidade de enxerto e altura óssea inferior a 8mm. Os pacientes receberam, cada um, 2 implantes, um com superfície SLA (padrão) e outro SLActive. Os parâmetros clínicos e radiográficos avaliados no início, 15, 30, 45, 60 e 90 dias após a cirurgia foram: mobilidade, inflamação, infecção peri-implantar recorrente com supuração, queixas subjetivas, radiolucência em torno do implante, profundidade e sangramento à sondagem. Resultados: Dos 40 implantes instalados, 37 apresentaram ausência de mobilidade; 39 não apresentaram queixas subjetivas; 39 se apresentaram sem infecção peri-implantar recorrente com supuração; 40 não apresentaram profundidade de sondagem maior que 5mm e 30 não apresentaram sangramento à sondagem. De acordo com os critérios de Ong et al. (2008), foram obtidos 15 insucessos: 3 implantes apresentaram mobilidade, 1 paciente relatou queixa subjetiva, 1 implante apresentou infecção peri-implantar e 10 implantes apresentaram sangramento à sondagem. Conclusão: Os resultados obtidos no presente trabalho corroboram com uma série de estudos que mostram que não há diferenças significativas entre pacientes controles e testes, com uma ótima relação risco/benefício para os pacientes portadores de diabetes melitus tipo II reabilitados com restaurações implanto-suportadas, desde que o índice glicêmico esteja devidamente controlado e a higiene bucal efetivada.

Descritores: Diabetes Mellitus; Implante Dentário; Hemoglobina Glicada.

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Publicado

2018-10-25

Como Citar

Camila Agra Souza, Rafael Amorim Cavalcanti Siqueira, Renata Cimões, L. P. M. A. K. de A. L. (2018). Avaliação de insucesso de implantes dentários em pacientes portadores de Diabetes Melitus Tipo II. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3434